Caritas Arquidiocesana realiza formação de agentes

A figura do agente é a espinha dorsal do trabalho social desempenhado pela Caritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP). É ele quem primeiro enxerga em sua profundidade o ser humano que busca a entidade. Portanto, cabe a ele agir, tendo a missão e valores da CASP como suas ferramentas, para ajudar a minorar as dores daqueles que estão aflitos.

Para entender melhor esse papel, no sábado, 8, a CASP, por meio do Núcleo Regional Belém, realizou uma oficina de formação para seus agentes, ministrada pelo assessor da Cáritas Diocesana de Jundiaí, o advogado Rodrigo Mendes Pereira, doutor em Serviço Social pela PUC-SP  e mestre em Ciências da Religião também pela PUC-SP.

Segundo o advogado, o Agente Caritas é o porta-voz da missão da entidade, cuja essência é disseminar a palavra de Deus por meio da prática evangélica.

“O que nos une é o humanismo para o Bem Comum. Somos motivados pelo Evangelho. Viemos anunciar o reino de amor e justiça”, disse. “Acolhimento, amor e justiça: o Agente Caritas é assim”, completou.

Ainda que a CASP seja um organismo da Igreja Católica, o advogado enfatizou que a discriminação de qualquer forma não está e jamais pode fazer parte da cartilha do agente.

Nesse momento, a diretora do Núcleo da Região Belém, Adriana Omena, lembrou que uma das grandes ações da CASP é justamente o atendimento e acolhida de pessoas refugiadas. “Vale lembrar que nem todos os atendidos pela CASP professam a fé Católica e até mesmo a Cristã. Ainda assim, são todos acolhidos.”

ASSISTÊNCIA X ASSISTENCIALISMO

Rodrigo Mendes enfatizou que a missão da CASP não é o assistencialismo, mas a assistência, duas palavras com significados muito distintos, mas muitas vezes confundidos.

“O assistencialismo eu uso quando eu quero manter a pessoa na pobreza ou na situação que lhe causa aflição para continuar exercendo meu poder sobre ela. A assistência, ao contrário, corresponde à defesa e promoção de direitos. É um modelo promocional de caridade que valoriza a pessoa assistida, pois ela é encarada como um sujeito de direitos, apta a escrever a sua própria história”, frisou.

BONS RESULTADOS

A formação de Agentes Caritas foi mais uma iniciativa nesse sentido da CASP e, na opinião de Adriana Omena, as palavras do advogado contribuíram muito para um melhor entendimento sobre o papel do agente.

“Foi importante para todos – voluntários, associados e colaboradores – compreenderem a importância do seu papel para a construção do Bem Comum e, também, enquanto agentes de mudança da sociedade para que se torne um espaço bom para todos, principalmente para aqueles em situação de extrema vulnerabilidade social e econômica. Me faz muito feliz ser uma Agente Caritas”, disse.

O diretor da CASP, Diácono Márcio José Ribeiro, reforçou a importância de uma formação continuada. “Foi muito importante para unificarmos a nossa comunicação e do quanto precisamos nos compreender como agentes da promoção do Bem Comum, contribuindo para acalentar as dores de nossos irmãos e torná-los indivíduos construtores de suas próprias histórias. Por isso, esse trabalho de assistência, assim como de nossa capacitação, deve ser contínuo”, reforçou.

A associada da CASP, Wânia Silva atua há mais de um ano no Núcleo Regional Sé e disse que a formação a ajudou a encontrar as respostas a muitas de suas perguntas.

“Foi muito positiva e esclarecedora a formação, pois eu obtive mais clareza sobre o papel social da CASP”, contou.

A pedagoga Mirtes Bento Vicente, voluntária da CASP desde abril deste ano, também elogiou a formação. “Muitas famílias e escolas não têm conhecimento da CASP enquanto agente de transformação social e, conhecendo um pouco mais, posso propagar a informação dizendo que podem contar conosco quando precisarem”, frisou.

Representantes de todos os Núcleos Regionais da CASP (Belém, Brasilândia, Ipiranga, Lapa, Santana e Se) participaram da iniciativa.

(por Comunicação da Caritas Arquidiocesana de São Paulo)

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