Cidade Tiradentes, na Zona Leste, tem UTI neonatal com tratamento humanizado para salvar recém-nascidos

Unidade, que foi reformada, conta com 58 profissionais e dispõe de 10 leitos para atender bebês prematuros ou que nascem com problemas graves de saúde

Prefeitura de São Paulo

No dia 2 de junho, Gabriellen Ramos Munhoz, 21 anos, grávida de 29 semanas, chegou à maternidade do Hospital Municipal Carmem Prudente – Cidade Tiradentes, na Zona Leste, com um quadro de pré-eclâmpsia, uma condição de alto risco para mãe e bebê. Em sua barriga, Bryan pesava apenas 970 gramas e ainda não tinha chegado ao 8º mês. O parto foi feito às pressas, dentro de um ambiente considerado uma referência em salvar a vida de bebês prematuros ou que nascem com problemas graves de saúde.

“Se não fosse este hospital, acho que nós estaríamos mortos”, relata Gabriellen, 40 dias após o parto e com Bryan já perto dos 2 kg suficientes para receber a tão esperada alta da UTI neonatal do Hospital Municipal Cidade Tiradentes, serviço público mantido pela Prefeitura de São Paulo. Em toda a cidade, são 142 leitos de UTI neonatal em 15 hospitais públicos municipais. A taxa média de ocupação das UTIs neonatal da capital é de 67,93%.

O Hospital Municipal Cidade Tiradentes realiza cerca de 300 partos mensalmente e é um dos mais importantes hospitais da cidade de São Paulo. A unidade, que funciona desde julho de 2007 e completou 16 anos no último mês, dispõe de 16 leitos de cuidados intermediários neonatal, 11 leitos de UTI pediátrica e dez leitos de UTI neonatal. O HM Cidade Tiradentes realiza, em média, 16 mil atendimentos mensais, nas especialidades de clínica médica, pediatria, cirurgia geral, psiquiatria, ginecologia e ortopedia. Administrado pela Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina, o hospital dispõe de 245 leitos e custeio mensal de aproximadamente R$ 17 milhões. Além disso, tem 30 leitos de UTI adulto.

A unidade neonatal conta com uma equipe multiprofissional, com ênfase em atendimento humanizado, composta por 58 profissionais, entre médicos plantonistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Os leitos têm iluminação individualizada, paredes com decoração temática, estrutura para posto de coleta do leite humano.

Entre seus equipamentos para a recuperação dos bebês, oferece os de ventilação de alta frequência, de fototerapia de alta intensidade, e equipamentos de óxido nítrico, utilizado no tratamento da hipertensão pulmonar persistente. Além disso, privilegia a terapia “posição canguru”, que consiste em manter o recém-nascido de baixo peso em contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito dos pais, e incentiva o aleitamento materno e colostroterapia, contato pele a pele com a mãe logos após o nascimento em todos os tipos de partos.

Para ficar mais moderna e acolhedora, a UTI passou por uma reforma recentemente, em que foram realizadas troca de mantas vinílicas (piso) e revitalização das portas e paredes, além de novas instalações para implantação do posto de coleta de leite humano.

Toda essa estrutura faz da UTI neonatal do HM Cidade Tiradentes uma referência em salvar a vida de bebês prematuros ou que nascem com problemas graves de saúde naquela região. “Eu me senti muito acolhida, principalmente quando vi essa estrutura”, ressalta Gabriellen, que chegou ao Hospital Municipal de Cidade Tiradentes com um quadro de pré-eclâmpsia, também chamada de Síndrome Hipertensiva da Gravidez ou doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG), uma condição frequente e perigosa e que se caracteriza pelo aumento da pressão arterial durante uma gestação, e teve Bryan com 29 semanas, pesando 970 gramas.

“Fiquei muito aflita com a situação, mas fui confortada pelo doutor Ailton, que me acompanhou, e por toda a equipe daqui do hospital. Devo a minha vida e a do meu filho a toda essa equipe”, lembrou. O quadro de saúde de Bryan é estável e a mãe espera que ele atinja os 2 quilos necessários para finalmente levá-lo para casa.

Exames
Os bebês internados na UTI neonatal contam também com uma estrutura composta por exames, medicamentos e fisioterapia, importante para conseguirem se alimentar com leite materno. Esse suporte garante o monitoramento preciso das situações consideradas mais graves.

Também é garantido tratamento de prematuros que tenham alguma adversidade ao nascer, em que necessitam de uma atenção maior da equipe médica para desenvolver as habilidades de respirar, sugar e deglutir. Esses reflexos só são desenvolvidos a partir da 34.ª semana de gestação.

Fonte: Secretaria Especial de Comunicação da Prefeitura de São Paulo

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