Clero arquidiocesano participa de retiro espiritual 

Arquivo pessoal

Entre os dias 23 e 27, parte do clero atuante na Arquidiocese de São Paulo encontra-se em retiro espiritual na Vila Dom Bosco, em Campos do Jordão (SP), na primeira das cinco edições desta atividade previstas para 2025, da qual cada presbítero deve participar ao menos uma vez a cada ano. 

A pregação do retiro está sob a responsabilidade de Dom Eugênio Barbosa Martins, SSS, Bispo de São João da Boa Vista (SP) há 10 meses e pertencente à Congregação do Santíssimo Sacramento (Sacramentinos). Além dele, há 62 clérigos que participam destes dias de reflexão, recolhimento e oração, entre eles o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. 

No início, Dom Eugênio recordou que o retiro sempre é uma experiência do deserto, lugar da manifestação do Senhor, da purificação, da educação para um caminho de liberdade e conscientização das atuais tentações que desafiam a vida cotidiana. Segundo ele, o instrumento mais eficaz para ouvir a Deus é o silêncio, tão necessário para o discernimento dos apelos do Espírito Santo e para, assim, colher os frutos essenciais desta oportunidade de reflexão. 

O Prelado tem abordado diversas realidades inerentes à vida sacerdotal, a começar pela comunhão com o Papa Francisco. Nesse sentido, ele recordou o Ano Jubilar, que, a pedido do Santo Padre, deve ser um tempo de aprofundamento e contemplação do mistério da encarnação de Jesus Cristo e oportunidade para alimentar de esperança o peregrinar de cada dia, tanto em nível presbiteral quanto pessoal, reforçando a identidade eclesial. 

Ainda nesse contexto, Dom Eugênio resgatou, também, o cuidado com a casa comum, tema tão caro ao Pontífice e cuja reflexão ganha uma oportunidade de aprofundamento com o subsídio oferecido pela Igreja no Brasil por ocasião da Campanha da Fraternidade 2025. 

Além disso, o Bispo retomou o caminho da eclesiologia sistematizada no Concílio Vaticano II – Igreja povo de Deus –, e sugeriu o compromisso com o caminho da conversão pastoral. A partir da constituição dogmática Lumen gentium, ele propõe o resgate do modelo de Igreja que é inspirador para a missão e que oferece a cada um, portanto, a possibilidade de compreender a realidade por meio dessa formulação eclesial, histórica e espiritual. 

Momentos de oração, reflexão e partilha, além do Terço, missas e adoração fazem parte dos dias de retiro. Durante uma das adorações ao Santíssimo, Dom Eugênio recuperou, a partir de documentos da Igreja, aspectos relevantes a respeito do culto do mistério eucarístico fora da missa e estimulou os presbíteros a aprofundar e enriquecer esse momento espiritual juntamente com os fiéis de suas comunidades. 

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