‘Com esperança, confiança e muita paciência, estamos aguardando a volta dos devotos’

Afirmou, em entrevista à rádio 9 de Julho, o Padre Carlos Eduardo Catalfo, Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. 120a Romaria da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida acontecerá no domingo, 2

Padre Carlos Eduardo Catalfo, Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (foto: A12.com)

Uma tradição de 120 anos será mantida no domingo, 2: a Romaria da Arquidiocese de São Paulo ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, onde às 12h, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidirá missa.

Em razão das medidas restritivas para conter a proliferação do coronavírus, o Santuário Nacional – assim como os demais templos em todo o estado de São Paulo – está com permissão para ocupação máxima de 25% de sua capacidade. Por isso, embora neste ano a participação presencial na romaria seja possível – no ano passado apenas estiveram em Aparecida o Cardeal, os bispos auxiliares e alguns padres e leigos – a recomendação é que os fiéis acompanhem a celebração pelas mídias sociais da Arquidiocese e do Santuário Nacional, pela rádio 9 de Julho e pela TV Aparecida.

“Convido todos vocês a acompanharem essa romaria como um momento de fé, oração e confiança. Deus continua muito presente nas atividades aqui de Aparecida e também da Arquidiocese de São Paulo”, disse em entrevista à rádio 9 de Julho o Padre Carlos Eduardo Catalfo, redentorista, Reitor do Santuário Nacional.

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Adaptações na pandemia

Padre Carlos Eduardo comentou que este tem sido um tempo de adaptações no Santuário, mas, também, “de muita esperança, crescimento, amadurecimento na fé. Assim como todas as outras paróquias, o Santuário se adaptou e se organizou para continuar recebendo as pessoas com segurança, com tranquilidade”.

O Reitor assegura que o Santuário Nacional tem seguido rigorosamente as recomendações das autoridades sanitárias para evitar a proliferação do coronavírus.

“No Brasil, ainda estamos em uma fase muito difícil, com muitas pessoas doentes, hospitalizadas, mas precisamos voltar às nossas atividades normais, religiosas, mas sempre com o mesmo cuidado. Nossa expectativa é, de fato, continuar acolhendo os romeiros com segurança, com tranquilidade, porque a Igreja, seja qual for, é lugar da bênção, não é lugar de doença, de vírus, não é lugar de tristeza nem de morte”, afirmou.

Ainda de acordo com o Reitor do Santuário, houve significativa queda na ida de fiéis ao Santuário Nacional. Antes da pandemia, eram cerca de 12 milhões de visitantes por ano.

“A pandemia impactou muito nesse número. Tivemos uma diminuição de 75% na presença dos devotos. Eles deixaram de vir ao Santuário por algum motivo, sobretudo pelo cuidado com a saúde. Temos, porém, relatos muito bonitos de pessoas que entram o contato pelas redes sociais do Santuário, que acompanham as celebrações, por meio da Rede Aparecida de Comunicação, sobretudo pela TV Aparecida. Os números mostram a grandeza e generosidade das pessoas que amam Nossa Senhora. Com esperança, confiança e muita paciência, estamos aguardando a volta dos devotos, para que eles possam, de fato, cantar as alegrias de Nossa Senhora, as glórias de Maria”, enfatizou.

Mão estendida a quem mais precisa

Como ocorreu com outras cidades turísticas, Aparecida sentiu os impactos financeiros das restrições de atividades em razão da pandemia. Na cidade de pouco mais de 36 milhões de habitantes, mais 70% dos moradores estão desempregados, conforme um levantamento realizado pela Prefeitura.

Essa realidade não passou indiferente à Igreja. Por isso, o Santuário não interrompeu suas ações sociais e caritativas nem mesmo nas fases mais críticas da pandemia.

“Com muito empenho e muita esperança, conseguimos manter todas as nossas atividades sociais. Atualmente, temos 21 obras, projetos, convênios ligados ao Santuário Nacional, que atendem gestantes, crianças, jovens, adultos, idosos. Em média, 94 mil pessoas que são anualmente atendidas, com o apoio de nossas obras de educação e assistência social”, comenta o Padre Carlos Eduardo, ressaltando que isso só tem sido possível graças à fidelidade daqueles que participam da Família dos Devotos.

(Entrevista concedida à jornalista Cleide Barbosa/rádio 9 de Julho)

(Edição: Daniel Gomes/ jornal O SÃO PAULO)

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