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Cristãos se tornam alvos vulneráveis no conflito entre Irã e Israel

Reprodução Canção Nova/Wesley Almeida

Em meio às hostilidades entre Israel e Irã, iniciadas no dia 13, muitos civis já foram mortos, feridos ou deslocados. Na região, todos estão em risco, porém a mi­noria cristã iraniana está particularmen­te vulnerável. Ainda que clandestina­mente, estima-se que existam 8 milhões de pessoas que aderiram ao Cristia­nismo nos últimos 20 anos no país.

Sob o regime teocrático do Irã, os cristãos – especialmente os convertidos do Islamismo – já enfrentam severas restrições e oposição. O país ocupa o 9º lugar na Lista Mundial de Perseguição – elaborada pela Portas Abertas, insti­tuição internacional de apoio aos cris­tãos perseguidos –, e os fiéis iranianos são frequentemente vistos como “ame­aças ao Estado” influenciadas pelo Oci­dente. A perseguição inclui longas pe­nas de prisão para membros comuns de igrejas domésticas pela acusação vagamente formulada de “agir contra a segurança nacional ao se conectar com organizações cristãs ‘sionistas’”. Com as tensões crescentes entre Irã e Israel, especialistas alertam que os cristãos iranianos serão ainda mais alvo de sus­peita e repressão.

“Em vez de proteger o povo, o go­verno iraniano agora está prendendo qualquer pessoa flagrada tirando ou compartilhando fotos e vídeos com veículos de comunicação”, comparti­lhou um cristão iraniano, cuja identi­dade não é revelada por questões de segurança. “Os cristãos são especial­mente vulneráveis, pois correm o ris­co de serem acusados de espionagem. Se sua fé for descoberta, as consequ­ências serão muito piores”, alertou.

O Papa Leão XIV disse que “cada membro da comunidade internacio­nal tem uma responsabilidade moral: parar a tragédia da guerra antes que ela se torne um abismo irreparável”.

“Nenhuma vitória armada pode compensar a dor das mães, o medo das crianças, o futuro roubado. Que a diplomacia silencie as armas”, disse o Pontífice, no Angelus do domingo, 22, mencionando ainda que a guerra para­lela em Gaza não pode ser esquecida.

(Fontes: Open Doors, G1 e Portal Guia-me)

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