Diácono Paulo Roberto: ‘Meu compromisso é levar a Palavra, consolar os aflitos e caminhar com a comunidade’

O jornal O SÃO PAULO dá continuidade à série de reportagens com os novos diáconos da Arquidiocese que foram ordenados pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, em 14 de dezembro na Catedral da Sé.

Foto: Arquivo pessoal

Este é o caso de Paulo Roberto dos Santos Ferreira, 46 anos, um dos sete novos diáconos permanentes da Arquidiocese e que adotou como lema diaconal “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!’ (1 Cor 9,16)”.

“A Arquidiocese de São Paulo pode contar com um servidor dedicado, comprometido em viver de forma coerente com os valores do Evangelho. Como esposo e pai, busco ser exemplo de amor e responsabilidade; como ministro ordenado, estarei sempre pronto para servir com humildade e entrega. Meu compromisso é levar a Palavra de Deus, consolar os aflitos e caminhar junto com a comunidade, contribuindo para a catequese e fortalecendo as pastorais e movimentos paroquiais. Tudo isso farei com amor, dedicação e sob a proteção da Virgem Maria, que é minha intercessora e inspiração na caminhada de fé”, comentou.

O DESPERTAR DA VOCAÇÃO

A participação em encontros vocacionais e uma reportagem do jornal O SÃO PAULO despertaram no então jovem Paulo Roberto a possibilidade de ser ministro ordenado na Igreja.

“Na juventude, durante 1994 e 1995, tive a oportunidade de participar dos encontros vocacionais conduzidos por Dom Joel Catapan [então Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana], momentos marcantes que despertaram em mim um profundo desejo de servir à Igreja. Nessa mesma época, ao ler o jornal O SÃO PAULO, fui profundamente impactado por uma reportagem sobre o Diácono Aury Maria Azélio Brunetti [atualmente padre], que, à época, era o único diácono permanente da Arquidiocese de São Paulo”, recorda.

Após casar-se com Renata Rodrigues Barbosa Ferreira, em dezembro de 2005, este desejo em servir à Igreja amadureceu, também a partir de outros diálogos.

“Após o casamento, esse chamado, que permanecia em meu coração, foi reavivado durante uma conversa com meu primo, o Diácono Mario Rodrigues. Motivado por suas palavras, procurei orientação do meu Pároco à época, Padre Miguel Angel Zarete Macias, Oblatos de São José (OSJ). Posteriormente, com a mudança de Pároco, foi o Padre Paulo Sergio Rodrigues (OSJ) quem assumiu a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Decanato São Tiago de Zebedeu da Região Santana e fez minha indicação para a Escola Diaconal Arquidiocesana São José”, recorda.

“Ao longo desse processo, não posso deixar de mencionar o importante papel das Irmãs do Instituto das Irmãs Missionárias da Imaculada Rainha da Paz. Elas não apenas me incentivaram, mas também acompanharam minha família com dedicação e cuidado, fortalecendo nossa caminhada”, ressalta.

“Em 2017, com o apoio incondicional de minha esposa, demos um passo decisivo. Ela participou de um retiro espiritual voltado exclusivamente para mulheres e retornou transformada, convicta de que deveríamos iniciar juntos a jornada rumo ao diaconato. Sua certeza e apoio foram fundamentais para que nos colocássemos à disposição da vontade de Deus”, comenta Paulo Roberto, pai da Mariana, 17 anos, e do Lucas, 13.

OS SINAIS DE UM CHAMADO DIVINO

Cardeal Scherer com os neodiáconos, entre os quais Paulo Roberto (o terceiro da esquerda para a direita na fileira detrás) – foto: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Questionado sobre as certezas que teve sobre a vocação ao longo do itinerário formativo, Paulo Roberto considera que um deles foi ter sentido “um profundo chamado interior para servir ao próximo com humildade e dedicação”.

A confirmação também foi percebida por aqueles ao seu redor: “Minha família, amigos e membros da comunidade muitas vezes reconheceram em mim qualidades e disposições para o serviço diaconal, mesmo antes de eu manifestar esse desejo. As palavras de encorajamento, os testemunhos de apoio e as oportunidades de servir no dia a dia reforçaram minha convicção. Pude ver ao longo do tempo minha proximidade com Deus aumentar dia a dia, por meio da oração, da escuta da Palavra e da participação ativa na vida da Igreja. Senti que a formação não apenas me preparou intelectualmente, mas também me transformou espiritualmente”.

Paulo Roberto comenta, ainda, que as graças e os frutos que experimentou ao longo do caminho ajudaram-no a superar as dificuldades. “São sinais claros da ação de Deus em minha vida. Tudo isso me confirma que o diaconato não é apenas um desejo pessoal, mas um verdadeiro chamado divino para uma missão específica na Igreja”.

ATÉ 30 DE DEZEMBRO LEIA DIARIAMENTE OS PERFIS DOS NOVOS DIÁCONOS DA ARQUIDIOCESE

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