“Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela a minha força” (2 Cor 12,9). Com este lema, o Diácono Glauco Gardeano, 52 anos, deseja “corresponder às comunidades da Arquidiocese de São Paulo, servindo-as com amor e total entrega”. Ele foi um dos que receberam o primeiro grau do sacramento da Ordem, em 14 de dezembro, pela imposição das mãos do Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano, na Catedral da Sé.
UM DESEJO CRESCENTE DE SERVIR A DEUS
“Minha caminhada eclesial possui uma longa estrada. Desde tenra idade, fui criado e ensinado dentro dos valores católicos. Tenho plena consciência de que, desta maneira, pouco a pouco, Deus já germinava em meu coração o amor por suas coisas e, claro, o amor e o desejo ardente do serviço à Igreja de Cristo, sobretudo aos necessitados, como nos pede Nosso Senhor”, recorda o novo diácono permanente da Arquidiocese.
Glauco lembra que essa “inquietude da vocação” prosseguiu por toda sua juventude, mas amadureceu em definitivo após se casar com Ana Lúcia Teles Gardeano, há 21 anos, com quem tem dois filhos: Breno Teles Gardeano, 18, e Lorena Teles Gardeano, 13.
“A diaconia começa na família. Assim o fiz e faço com muito amor, fidelidade, carinho e esforço, sem jamais deixar de transmitir aos meus filhos que, sem Deus, nada somos, e que precisamos da Igreja para que ela nos auxilie sempre e, incessantemente, resgate em nós a força e a esperança que, por vezes, na vida perdemos”, comenta.
“Deus foi me moldando e fortalecendo na fé, e, por incentivo de minha esposa e filhos, fui chamado e enviado ao ministério do diaconato permanente”, ressalta Glauco que é bacharel em Administração de Empresas e cursou Teologia como parte de seu itinerário formativo ao diaconato. “O serviço eclesial nunca saiu da minha vida, tanto que, profissionalmente, trabalho em servir aos padres de nossa Arquidiocese de São Paulo”, recorda.
ATUAÇÃO PASTORAL
Glauco Gardeano ingressou na Escola Diaconal em 2017, após longa trajetória pastoral na Paróquia Cristo Rei, Decanato São Lucas da Região Belém, onde já atuou como ministro extraordinário da Sagrada Comunhão, cerimoniário, catequista de Crisma e de Batismo, e no curso de Noivos.
“Desempenhei um trabalho pastoral com sofredores de rua por meio do Projeto Tau, ligado ao Serviço de Assistência Social da Penha (SASP), coordenado pela saudosa senhora Zulmira Aguirre da Silva. Com isso, o Espírito Santo soprava forte em meu coração esse ardente desejo de servir sob os cuidados da Igreja Católica”, prossegue.
SERVIDOR DA PALAVRA, DA LITURGIA E DA CARIDADE
Como diácono permanente, Glauco destaca que desempenhará o tríplice munus do serviço na caridade, na liturgia e no anúncio da Palavra.
“A citação do Papa Francisco sobre o serviço como atitude concreta e não abstrata, é particularmente significativa. Destaco a natureza do serviço diaconal, que vai além de uma ação pontual e se torna uma maneira de viver em constante disponibilidade para o outro, imitando a humildade e o amor de Cristo”, explica.
Aludindo à passagem do Evangelho segundo Mateus – “Todas as vezes que fizestes isso a um desses pequeninos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40) – traz à tona a centralidade da caridade no serviço diaconal, que não é apenas um ato de ajudar, mas um modo de encontro e comunhão com o próprio Cristo, presente no sofrimento e na necessidade dos outros. Além disso, desejo estar em plena comunhão com a comunidade e testemunhar a fraternidade, ressoando com o ideal do diaconato, que não é apenas um ministério de ações, mas também de presença”.
O Neodiácono comenta, ainda, sobre o compromisso de estar “em fidelidade à constante disposição de se manter firme ao compromisso com Deus e com a missão da Igreja”, sendo esta, “uma bela expressão de uma entrega total da minha vocação, sempre aberta ao Espírito Santo, com humildade e paciência”.
“A docilidade ao Espírito Santo e a escuta atenta da voz de Deus, tornam para mim fundamental importância para a autenticidade do ministério diaconal, pois o diácono é chamado a ser instrumento da graça de Deus na vida das pessoas, especialmente nos momentos de maior necessidade e desafio”, conclui.
ATÉ 30 DE DEZEMBRO, LEIA DIARIAMENTE O PERFIL DOS NOVOS DIÁCONOS DA ARQUIDIOCESE