No encerramento da série de reportagens do jornal O SÃO PAULO sobre os novos diáconos da Arquidiocese de São Paulo, ordenados pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, na Catedral da Sé, em 13 de dezembro, apresentamos o perfil do seminarista Fabiano Henrique da Silva, que escolheu como lema diaconal “Salvar sempre, tudo vencendo pelo amor”.

Durante nove anos, Fabiano Henrique foi consagrado na Fraternidade Toca de Assis, onde permaneceu até 2009. “Eu me senti chamado à vida sacerdotal muito jovem, já aos 19 anos de idade”, comentou.
Em 2017, ele foi contratado como funcionário da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Vila Leopoldina, Região Lapa, e percebeu renascer o chamado ao sacerdócio: “Eu me senti impelido ao ministério pela ação de leigos e do Padre Tarcísio Justino Loro [então Pároco]. O Padre Messias Ferreira [à época promotor vocacional da Arquidiocese de São Paulo] e o Padre Flávio Heliton me ajudaram muito no processo de discernimento vocacional”, recordou.
Fabiano Henrique ingressou no Seminário Propedêutico em 2019, com o apoio dos referidos sacerdotes. “A minha experiência na vida consagrada foi bastante decisiva no processo de discernimento e aprovação por parte dos formadores. Eles perceberam tratar-se de uma vocação autêntica pelo dado de já ser mais maduro e ter experiência anterior como consagrado por diversos anos”, explicou.
A CONFIRMACÃO DA VOCAÇÃO
Em 2020 e 2021, o seminarista Fabiano Henrique esteve no Seminário de Filosofia (etapa do Discipulado), e a partir de 2022, no Seminário de Teologia (etapa da Configuração).
Ele observou que a certeza sobre a vocação se tornou mais evidente cada vez que servia o altar como acólito: “Próximo ao altar, tudo foi se tornando mais claro e decisivo. Percebi que o povo de Deus precisava da minha ajuda como homem totalmente consagrado a Deus, e que eu seria capaz de aderir e aceder a vida exigente do sacerdócio. Sentia a alegria de poder doar a minha vida aos outros irmãos e irmãs que mais necessitavam de ajuda e auxílio”.

PRONTO PARA SERVIR
Aos 45 anos de idade, o Neodiácono deseja ser servidor “sobretudo dos pobres, doentes e necessitados das paróquias onde for enviado” bem como ser útil aos sacerdotes com os quais trabalhar, a exemplo de Jesus, “servo sofredor que se rebaixou para nos ajudar a alcançar a salvação”.
“Penso que a dedicação e prontidão no serviço aos outros, sempre saindo de mim, procurando a salvação de todos quantos se apresentarem a mim é que possibilitará a vivência plena do serviço como sacerdote. Entendo que uma vez diácono, ou seja, servo, para sempre serei um homem de serviço, um simples trabalhador na vinha do Senhor, como afirmava, tão lindamente, o nosso saudoso Papa Bento XVI”, concluiu.




