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Diácono seminarista Victor Natali: ‘Viver no espírito de Cristo Servidor’

“Viu-o e moveu-se de compaixão” (Lc 10,33) é o lema diaconal escolhido pelo Diácono seminarista Victor Silva Natali, que recebeu o primeiro grau do sacramento da Ordem, em 13 de dezembro, na Catedral da Sé, pela imposição das mãos do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

Fotos: Luciney Martins/ O SÃO PAULO

Victor tinha 15 anos de idade quando, ao participar da missa em ação de graças pelos 45 anos de sacerdócio do Padre Paulo Gozzi, então Pároco da Paróquia Rainha Santa Isabel, Região Santana, sentiu de modo mais forte o chamado ao sacerdócio.

“Ao final daquela celebração, a senhora Regina Dalessio, paroquiana, perguntou-me se eu queria ser padre, pois via como eu servia nas missas, na comunidade paroquial. A partir dali, essa questão me perturbou. Lembro-me de espontaneamente dizer a ela que sim, mas, de fato, comecei a pensar mais seriamente depois. E fui buscar aconselhamento, a fim de compreender qual era o chamado de Deus para minha vida. Nas conversas com o Pároco e outros padres, foi-me indicado o Serviço de Animação Vocacional. O Padre Messias de Moraes, responsável pelo SAV naquela época, auxiliou-me muito em inúmeros encontros, retiros e formações. E pouco a pouco, fui compreendendo que minha vocação era ser padre diocesano”, recordou o Neodiácono, hoje com 25 anos.

Victor ingressou no Seminário Propedêutico em 2018. Depois, no Seminário de Filosofia, em 2019, e no de Teologia, em 2022.  

“O seminário me ajudou a amadurecer a resposta a esse chamado tão especial que é servir a Igreja como sacerdote. Não são meros anos que passam depressa em função de um depois. Levo comigo uma frase que ouvi do Padre José Carlos dos Anjos em um encontro vocacional: ‘o sim é diário’, e percebo o seminário como este tempo de resposta diária, pequena, como semente cultivada, constante, para responder com fidelidade a Deus”, prosseguiu.

Por fim, o Neodiácono ressalta que pretende “exercer o diaconato como um ministério próprio, não como um degrau ao sacerdócio”; e menciona o que ouviu de Dom Edilson de Souza Silva, Bispo Auxiliar de São Paulo, no retiro em preparação à ordenação diaconal: “Compreender e efetivamente viver no espírito de Cristo Servidor, que antes de partilhar do banquete da Eucaristia, lavou os pés dos seus discípulos (Jo 13,1-20); para dizer que o serviço constitui toda a vida do ministro ordenado”.

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