No domingo, 8, Dom Cícero Alves de França presidiu a missa da Solenidade de Pentecostes na Paróquia Santa Teresa de Calcutá, Decanato Sant’Ana e São Joaquim. Na ocasião, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém conferiu o sacramento da Confirmação a 36 jovens e adultos. Concelebraram os Padres Elson Lopes, CSSP, Pároco; Miguel Cambiona, CSSP, Vigário Paroquial; e José Kalanzi, CSSP, Colaborador.
Na homilia, Dom Cícero destacou que Pentecostes é “a festa do nascimento da Igreja” e sublinhou a centralidade do Espírito Santo para a vida cristã: “Sem o Espírito Santo, Deus continuaria distante de nós. Sem o Espírito Santo, Cristo estaria no passado e nós, hoje, não estaríamos aqui reunidos em Seu nome”.
O Prelado alertou os fiéis sobre os riscos de uma fé sem a ação do Paráclito: “Sem o Espírito Santo, a Igreja é apenas uma instituição ou uma ONG. Sem o Espírito Santo, o anúncio do Evangelho não é missão, mas é propaganda. Quem dá vida às letras que lemos na Bíblia é o Espírito Santo”.
Dirigindo-se diretamente aos crismandos, Dom Cícero focou a ação libertadora do Espírito Santo contra as amarras que paralisam os fiéis, ecoando a passagem do Evangelho em que os discípulos estavam trancados por medo.
“O primeiro milagre do Espírito Santo é tirar de nós o medo. O medo nos escraviza, nos paralisa, nos impede de caminhar e de crescer”, salientou o Bispo, que a todos convidou a uma reflexão pessoal: “Quais são os medos que vocês trazem consigo? Quais são os medos que estão impedindo vocês de crescerem? Hoje o Espírito Santo tira de nós o medo”.
Dom Cícero também fez um forte apelo à maturidade na fé, afirmando que a Crisma é um chamado para se tornar adulto na caminhada cristã: “O sacramento da Confirmação, ou seja, receber o Espírito Santo, é tornar-se adulto na fé. Hoje, a humanidade está cada vez mais infantilizada. Para assumirmos qualquer coisa em nossa vida, precisamos ser adultos, maduros. Precisamos crescer”.
Ao final da homilia, o Bispo enviou os novos crismados em missão, exortando-os a não abandonarem a vida comunitária. “Enviados não é sumir da Igreja. É permanecer na Igreja, alimentando-se da Palavra e da Eucaristia. Não tenham vergonha de dizer que são católicos. Não tenham vergonha do nome de Jesus”, concluiu, pedindo que todos se deixem renovar pelo “sopro criador” do Espírito Santo. “Deixem que Ele entre, desinstale, os convide a sair para testemunhar no mundo Jesus Cristo, esta verdade que o mundo ainda precisa escutar”.
No final da missa, Dom Cícero, como sinal do envio do Espírito Santo, soltou uma pomba branca.
Por Fernando Arthur
Colaboração especial para a Região Episcopal Belém
