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Dom Odilo preside missa na festa patronal do Seminário de Filosofia Santo Cura d’Ars

Arcebispo Metropoltiano refletiu sobre as qualidades que tornaram São João Maria Vianney um ‘pároco admirável’ e modelo para os aspirantes ao sacerdócio diocesano

por Gil Pierre – seminarista da Arquidiocese

Após um período de férias junto às famílias, a comunidade do Seminário de Filosofia Santo Cura d’Ars, no bairro da Freguesia do Ó, retomou suas atividades na quinta-feira, 4, com Santa Missa patronal presidida pelo Cardeal Odilo Scherer e concelebrada pelos Bispos Auxiliares Dom Carlos Silva, OFMCap, e Dom Rogério Augusto das Neves, e pelos sacerdotes envolvidos no processo de formação.

Em sua homilia, o Cardeal refletiu, à luz das leituras litúrgicas, sobre as qualidades que tornaram São João Maria Vianney um “pároco admirável” e modelo todo especial para os aspirantes ao sacerdócio diocesano. A partir da missão divina a Ezequiel de ser “vigia para a casa de Israel e chamar a atenção do povo em Seu nome”, sob pena de “prestar contas de seus pecados” (cf. Ez 3, 17-18), Dom Odilo advertiu que o sacerdote católico não prega em nome próprio, senão como representante de Deus e da Igreja – o que supõe uma íntima vida interior, e, também, um agudo senso de leitura do contexto em que vive. Nesse sentido, é que a formação seminarística envolve tanto o estudo da Filosofia como instrumento para compreender melhor, à luz da razão, as aspirações e angústias próprias a cada tempo, quanto a instrução em Teologia, para conhecer a resposta que lhes dá a Fé e discernir sua tradução mais adequada a cada realidade.

O próprio Cura d’Ars, apesar dos percalços em sua formação intelectual, era tudo menos um iletrado: ainda hoje, se conservam não poucos de seus volumes de dogmática, moral e exegese, com fartas anotações e marcas de leitura.

O exercício de um bom sacerdócio, no entanto, supõe também uma identidade de verdadeiro “pastor do rebanho de Deus” (cf. 1Pd 5, 2-3), “com cheiro das ovelhas”, como pede sempre o Santo Padre. Que os futuros padres, portanto, sejam sempre solícitos “às multidões cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor (cf. Mt 9, 36)”: quantas confissões a ouvir, quantas almas a santificar!

Ao final da celebração, o Reitor, Padre Frank Antônio de Almeida, agradeceu ao Cardeal  Scherer pela ocasião unir-se em comunhão em torno das coisas de Deus, e ofereceu aos presentes uma ceia festiva.

Fotos: David Felix da Silva – seminarista da Arquidiocese

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