‘É nosso dever rezar por aqueles que ocupam altos cargos e responsabilidades’

Cardeal Odilo Scherer (foto: Bruno Melo/arquivo)

Na missa da segunda-feira, 13, o Cardeal Odilo Pedro Scherer meditou sobre a necessidade de o cristão recomendar a Deus aqueles que governam, para exercerem sua missão com retidão e honestidade.

O Arcebispo de São Paulo presidiu a Eucaristia na capela da sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Nesta data, a Igreja celebra a memória de São João Crisóstomo. Nascido em Antioquia, por volta do ano 349, este Santo se dedicou à vida ascética; e, tendo sido ordenado sacerdote, consagrou-se com grande fruto ao ministério da pregação. Eleito bispo de Constantinopla no ano 397, revelou grande zelo e competência nesse cargo pastoral, atendendo em particular à reforma dos costumes, tanto do clero como dos fiéis. A oposição da corte imperial e de outros inimigos pessoais levou-o por duas vezes ao exílio. Perseguido por tantas tribulações, morreu em Comana (Ponto, Ásia Menor) no dia 14 de setembro do ano 407. A sua notável diligência e competência na arte de falar e escrever, para expor a doutrina católica e formar os fiéis na vida cristã, mereceu-lhe o apelativo de Crisóstomo, “boca de ouro”.

Oração

Na primeira leitura (1Tm 2,1-8), Paulo recomenda a Timóteo “que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens; pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida tranquila e serena, com toda a piedade e dignidade”.

“Para nos, cristãos, é um dever rezar pelos que governam e ocupam altos cargos porque eles têm grande responsabilidades… Rezar por aqueles que nós gostamos, mas também pelos que não governam bem, para que se abram ao único Espírito de Deus que ensina a fazer as coisas retas e, mesmo que não sejam pessoas de fé, que realizem sua missão honestamente, com retidão e justiça”, afirmou Dom Odilo, na homilia, reforçando a necessidade de rezar pelo Brasil, pelos que governam, que ocupam altos cargos de responsabilidade, inclusive, na Igreja.  

Súplica confiante

O Evangelho (Lc 7,1-10) narra como o oficial romano se dirige a Jesus com uma súplica cheia de fé e confiança pela cura de seu empregado. Ao comentar esse texto, o Arcebispo destacou que o amor e a preocupação desse oficial com o bem de seu servo é uma qualidade importante das autoridades em relação ao povo.

Jesus atende a sua súplica e enfatiza sua admiração. “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”, diz à multidão que o acompanhava. 

Por fim, o Cardeal exortou que a oração do cristão deve ser fervorosa e com reta  intenção, dirigindo-se a Deus com “mãos puras, sem ira e sem discussões”.

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