
O jornal Folha de S. Paulo publicou na quarta-feira, 12, entrevista com o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo. À jornalista Anna Virginia Balloussier, ele falou especialmente sobre o momento político do País e disse ser preciso denunciar “a instrumentalização da fé em função ideológica e política”.
Dom Odilo lamentou que tenha havido um intenso debate a partir de duas posições ideológicas que se apresentam como absolutas. “Só espero que, passado este período eleitoral, quem for eleito tenha o bom senso de pacificar o País”, disse, apontando, ainda, que a Igreja sempre lembra que “o debate de ideias não significa gerar inimigos”.
“Onde há fanatismo, perdeu-se a lucidez. Onde há polarização extrema, perdeu-se a lucidez. Então, estamos precisando justamente acalmar os ânimos”, enfatizou, ponderando que há extremismos dos dois lados da disputa.
O Arcebispo de São Paulo lembrou que os candidatos devem ter atenção ao eleitorado católico, entre o qual não há uma uniformidade de posições, visto que é “vasto e pluralista”.
Questionado sobre por que a Igreja Católica não explicita apoio a candidatos ou lança clérigos à disputa das eleições, Dom Odilo foi enfático: “O clero não deve participar de partido ou de campanha explícita. Esta é a norma católica, porque temos como princípio que devemos respeitar a pluralidade das opiniões dos católicos”.
Dom Odilo observou que questões morais, como o posicionamento dos candidatos acerca do aborto e da ideologia de gênero, são importantes de serem apresentadas no debate eleitoral, mas que outros temas não devem ficar à sombra das reflexões, como a justiça econômica e a melhor equidade no acesso ao trabalho.
Perguntado se a democracia será abalada após as eleições deste ano, Dom Odilo assim respondeu: “Até aqui já tivemos uma porção de, digamos assim, oportunidades para isso acontecer. E não aconteceu. Acredito que não vai acontecer daqui para frente”.
Dom Odilo também falou sobre a redução na quantidade do número de católicos em relação ao total da população brasileira – “não vamos forçar ninguém a aderir ou a ficar dentro da Igreja. Esperamos que com o tempo a verdade se manifeste, as pessoas abram os olhos e percebam o que deixaram de abraçar” – e lembrou que o número de pessoas que não professam uma fé cresce mais do que o de evangélicos no Brasil: “São os desigrejados, que, mesmo sem se dizer ateus, não aderem a nenhuma instituição religiosa”, disse, apontando que uma das razões é que se vive “um momento cultural que claramente está favorecendo essa desvinculação também das igrejas e outras instituições”.
A íntegra da entrevista está acessível para assinantes da Folha de S. Paulo, clicando aqui
O que está acontecendo no Brasil é vergonhoso, ficam lembrando passado de cada um ,sendo que o importante é o futuro de uma Nação brasileira abandonada, já que atitudes concretas não são tomadas.Tenho 67 anos e esperança de ver um BRASIL melhor para meus netos, não me importo com a cor da camiseta (vermelha ou amarela) pois para o Deus verdadeiro o seres humanos merece respeito.
É muito triste ver ,as pessoas perdendo a dignidade ,o respeito, por políticos desrespeitando o que temos de melhor a nossa igreja Católica e os servos de Deus . o fim dessa raça humana está chegando , os falsos Cristo estão por todos os lugares.que Deus cubra com seu manto os seus verdadeiros fiéis…
os Scherer, desde dom Vicente, em POA, sempre foram reacionários. Dom Odilo fica em cima do muro. como diz uma piada, sobre escolhas, o demônio não argumenta com pessoas em cima do muro pois elas são a favor dele.
Vivemos um momento tão inusitado na política brasileira que a opção é votar em Lula, um político verdadeiro e na barbárie, um mentiroso contumaz e seus asseclas, aproveitadores, que são muitos neste governo.