Hospital Sorocabana passará para 200 leitos e terá investimento de R$ 200 milhões

Anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes ao sancionar lei que autoriza o município a receber o terreno da unidade de saúde

Prefeitura de São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes sancionou na manhã desta quinta-feira (25) a lei que autoriza o município, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a receber a doação do terreno do governo estadual onde está instalado o Hospital Central Sorocabana, na Lapa, região Oeste da capital. O Projeto de Lei 186/2022 havia sido aprovado por unanimidade, no início de maio, pelos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo.

Nunes apontou que o hospital será uma referência na região da Lapa e disse que não medirá esforços para iniciar as obras ainda neste ano. “Hoje atendemos cerca de 15 mil pessoas e teremos um atendimento completo, inclusive com cirurgias, vai ser um hospital-geral completo”, afirmou. “É uma obra bastante grande e que deve demorar 24 meses. O importante é que o que gente tem hoje não vai deixar de funcionar. Vamos continuar com as obras e atendendo a população”, explicou.

O prefeito explicou também que o hospital foi fechado em 2010 e que uma parte foi aberta durante a pandemia, com 55 leitos. “O Estado passa o prédio para Prefeitura de São Paulo e agora poderemos fazer os investimentos de readequação. Serão R$ 200 milhões investidos para reforma do prédio”, disse. “Hoje ele tem 55 leitos e passará a ter 200 leitos”, completou.

Em outubro de 2021, a Prefeitura de São Paulo recebeu do Governo do Estado a transferência de titularidade do prédio do Hospital Sorocabana. Agora, com a sanção da lei, será possível colocar em prática o projeto básico e executivo da sua transformação e reestruturação para um hospital-geral e, assim, ampliar a assistência ofertada na Zona Oeste da cidade.

“A gente vai poder organizar as linhas de cuidado pela região e resolver, finalmente, esse problema de falta de vagas e locais de internação que essa população sofre”, salientou o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

O Hospital Sorocabana foi fundamental durante o pico da pandemia de Covid-19. Entre agosto e setembro de 2020, a administração municipal entregou 55 leitos para pacientes com Covid-19: 49 leitos de enfermaria e outros seis de unidade de terapia intensiva (UTI), utilizados para estabilização em casos de média complexidade. De agosto de 2020 a setembro de 2021 foram 1.472 internações decorrentes da Covid. O hospital é administrado pela Organização Social de Saúde (OSS) Associação Saúde da Família (ASF).

“Essa sanção nos dá a segurança jurídica para investir ainda mais nesse hospital, que é fundamental para a Secretaria Municipal da Saúde porque fortalece a rede ambulatorial e de urgência de São Paulo”, reforça Marilande Marcolin, secretária-executiva de Atenção Hospitalar da SMS.

No local, atualmente, funciona o Complexo Hospitalar Sorocabana, que hoje dispõe de 55 leitos, sendo 35 de enfermaria, 10 de estabilização/UTI e 10 de clínica cirúrgica eletiva; e mais duas salas cirúrgicas com o apoio de 279 profissionais, incluindo médicos e cirurgiões, entre eles um cirurgião ortopédico, quatro cirurgiões pediátricos, um cirurgião proctologista, um cirurgião urologista e um cirurgião vascular. Funcionam também no primeiro piso, um Hospital Dia (HD), com consultas de especialidades médicas e exames de imagem, além de uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA) 24h.

O Hospital Sorocabana é referência regional em curativos mais complexos, com o Polo de Curativos. Na área externa ao bloco hospitalar, há também um Centro Especializado em Reabilitação III (CER).

Entre outubro de 2021 a abril deste ano, houve 2.570 internações gerais no hospital; mais de 185,7 mil consultas ambulatoriais de 2021 até abril de 2023; mais de 101 mil exames complementares das linhas de cuidado da atenção básica e da atenção especializada; cerca de 3.470 tomografias e mais de 20,3 mil cirurgias no mesmo período (de 2021 a abril de 2023).

O ambulatório realiza consultas de especialidades, exames diagnósticos e procedimentos cirúrgicos de pequena e média complexidade, em nível ambulatorial e/ou com internação de curta duração (regime de Hospital Dia integrado com a unidade de cirurgias da unidade hospitalar). Estas vagas são disponibilizadas pelo Siga (Sistema Integrado de Gestão de Assistência).

A unidade ambulatorial atende nas especialidades médicas de angiologia, cardiologia, dermatologia, gastroenterologia, endocrinologia adulto, endocrinologia pediátrica e infectologia, assim como também neurologia, pneumologia, proctologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, reumatologia, urologia, mastologia e radiologia. Já as especialidades cirúrgicas são em pediatria, geral, vascular, ortopedia, proctologia, urologia, anestesiologia e procedimentos dermatológicos.

A equipe do ambulatório tem cerca de 200 colaboradores; uma média mensal de 15,6 mil atendimentos distribuídos em: 7,2 mil consultas clínicas; 2 mil avaliações cirúrgicas; 900 procedimentos em dermatologia; 3,5 mil exames e cerca de 2 mil atendimentos diversos.

Fonte: Prefeitura de São Paulo

guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários