Inscrições do vestibular para o curso de Teologia na PUC-SP se encerram no dia 23

O curso de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo é reconhecido pela Santa Sé

Divulgação

Graduar-se em Teologia com um título de nível superior com reconhecimento civil e eclesiástico não é uma oportunidade exclusiva para seminaristas e religiosos. Na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), existe a possibilidade de leigos, agentes de pastorais, professores e demais pessoas interessadas em aprofundar o conhecimento da fé em um curso no período diurno ou noturno. 

As inscrições para o Vestibular de Verão 2022 estão abertas e podem ser feitas até o dia 23 pelo site: https://tinyurl.com/yhbttkq6.

Tradição na formação de leigos 

Com mais de 70 anos de história, a Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, localizada no Campus Ipiranga da PUC-SP, acompanhou a caminhada eclesial ao longo do tempo, buscando sempre corresponder aos acontecimentos da vida da Igreja, como o Concílio Vaticano II (1962-1965). 

Em 1976, surgiu o primeiro curso especial de Teologia voltado para leigos. Era realizado nas dependências da Ordem Terceira do Carmo, no centro da capital paulista. Em 1999, o Ministério da Educação (MEC) reconheceu, pela primeira vez no País, um curso de Teologia. O curso de Bacharelado da PUC-SP foi aprovado com nota máxima em 2004, o que abriu caminho para a sistematização do curso noturno, voltado especialmente para leigos. 

“Além de oferecer um título universitário com duplo reconhecimento, o civil, do Ministério da Educação, e o eclesiástico, por intermédio da Congregação para a Educação Católica da Santa Sé, o curso de Teologia da PUC-SP habilita o estudante para continuar no aprofundamento da ciência teológica, por meio de cursos de especialização, mestrado e doutorado”, afirmou o Diretor da Faculdade de Teologia, Padre Boris Agustín Nef Ulloa.

Formação acadêmica e pastoral 

O Diretor sublinhou, ainda, que este curso forma profissionais capazes de compreender seu papel e missão na Igreja e na sociedade, dialogar com as demais ciências e tem como princípio fundamental a inserção dos alunos na vida pastoral e evangelizadora.  Por isso, para a conclusão do curso, são exigidas 200 horas de estágio pastoral, que os alunos devem realizar na ação concreta de evangelização, missão e promoção da vida em paróquias, comunidades, instituições, entre outros locais em que o trabalho pastoral se faz presente. 

Por ser um curso reconhecido pela Santa Sé, seus professores precisam fazer a profissão pública da fé católica e receber do Arcebispo a missio canonica (missão canônica), que os reconhecem aptos para lecionar Teologia segundo os fundamentos da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério. Em relação aos estudantes, para receber o título eclesiástico de bacharel em Teologia, é preciso fazer o exame conclusivo chamado de Universa Theologia.

“O bacharel em Teologia pode atuar nos diversos campos de pastoral, evangelização e missão; no campo educativo, como professor universitário e de Ensino Religioso e áreas afins na formação religiosa de jovens, adolescentes e crianças; pode prestar concursos públicos que exijam um grau universitário completo, além de trabalhar em empresas que desenvolvam projetos sociais, ambientais e de promoção humana”, destacou Padre Boris.

Nesse sentido, o Diretor incentivou que os padres e responsáveis por organizações eclesiais não apenas incentivem como apoiem os agentes leigos para estudarem Teologia. A Faculdade possui o Fundo para a Formação Teológico-Pastoral de Leigos (Fortal), por meio do qual é possível oferecer descontos nas mensalidades desses alunos, como uma maneira de estimular as comunidades a subsidiarem ao menos parte da formação de seus membros. 

Ex-alunos

Karolayne Maria Vieira Camargo de Moraes formou-se em Teologia em 2020. Para ela, o curso foi uma oportunidade única de se lançar para “águas mais profundas”, isto é, de descer às entranhas da experiência de fé cristã e, ali, verificar a veracidade do que se crê. “Isso porque o curso não expõe apenas conteúdos teóricos, mas ‘chama em causa’ cada aluno que deseja realmente trilhar este caminho de aprendizagem, a fim de que possa ser capacitado no exercício de uma análise crítica da realidade, sabendo, ao mesmo tempo, valorizar aquilo que há de bom e denunciar profeticamente aquilo que desumaniza, por meio de uma prática coerente”, relatou a jovem, que hoje é mestranda em Teologia pela PUC-SP.

Formado em 2017, o consultor de vendas Augusto Luís Pinheiro Martins afirmou que o curso respondeu à sua necessidade de servir mais e melhor à Igreja diante da sociedade atual. “Porém, tais respostas não foram fórmulas mágicas, e sim ferramentas de análise crítica diante dos conteúdos da fé cristã e um impulso para a tomada de consciência de um agir transformador pautado pelos princípios do Reino de Deus”, disse. 

Ele acrescentou que, graças à formação teológica, desenvolveu com sua esposa, formada em Economia, o projeto Educação Financeira para Vida (EFV), uma pastoral social com função transversal para atuar nas comunidades de fé e na sociedade civil. “Neste projeto, oferecemos um processo de formação integral que trata questões financeiras pelo olhar da Espiritualidade e da Economia […]. A Teologia me possibilita oferecer uma reflexão acerca da Economia, pautada nos princípios do pensamento social cristão, no Magistério da Igreja, recorrendo às experiências dos cristãos dos primeiros séculos e, principalmente, bebendo da fonte das Sagradas Escrituras de maneira crítica e técnica”, completou. 

(Com informações do Jornal da PUC-SP)

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