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No Festival Halleluya, jovens manifestam a alegria de ser Igreja

7ª edição do Festival Halleluya, promovido pela Comunidade Católica Shalom, foi realizada na capital paulista, unindo arte e cultura para anunciar o evangelho

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Mais de 7 mil pessoas, entre jovens, adultos e crianças, estiveram no Largo da Batata, em Pinheiros, no domingo, 22, para a 7ª edição do Festival Halle­luya, em São Paulo. Promovido pela Comunidade Católica Shalom, o evento representa uma maratona de evangeliza­ção que valoriza a arte e a cultura como formas de anúncio do Evangelho.

O festival teve início às 10h, com missa presidida pelo Padre João Chagas, responsável pela formação dos padres da Comunidade de Vida Shalom e membro da diaconia geral da Arquidiocese de Fortaleza (CE).

Em seguida, atrações musicais ani­maram o público. Subiram ao palco artistas católicos como Laura Salvador, Yuri Costa, Guilherme de Sá, Fraterni­dade São João Paulo II, Missionário Sha­lom e Colo de Deus.

O centro do palco também foi re­servado para momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento.

CORAÇÃO ABERTO

Na homilia, o Padre João afirmou que o Festival Halleluya é um convite para uma verdadeira experiência de en­contro com o amor do Pai, além de uma oportunidade de cada um louvar a Deus pelo dom da vida.

O Sacerdote também lembrou que estar de coração aberto neste festival é uma “fonte acessível para nossa purifica­ção. O coração de Deus está aberto para derramar a graça sobre nós. Que não saiamos deste lugar enquanto o nosso coração não tiver sido tocado pelo amor de Deus”, manifestou.

Na conclusão, Padre João recordou que Deus deseja apresentar a cada um o seu amor misericordioso: “Mesmo que você tenha vivido outras experiências amorosas nesta vida, que não foram fiéis, Deus quer lhe mostrar o seu amor e sua fidelidade. Este amor foi capaz de se doar completamente, até derramar a última gota de sangue na cruz. O amor verda­deiro é aquele capaz de se sacrificar pela pessoa amada.”

UM CHAMADO MISSIONÁRIO

Para Breno Dias, responsável regio­nal pelo festival, o Halleluya é uma res­posta concreta ao chamado de evangeli­zar a cidade de São Paulo, marcada por sua intensidade e desafios.

“O Halleluya chega com esse sopro de esperança. É um espaço em que a fé encontra a cultura e fala diretamente ao coração das pessoas. Evangelizar em uma metrópole é um grande desafio, mas tam­bém uma necessidade urgente”, afirmou.

Breno Dias destacou ainda que a pro­posta do evento é mostrar que a Igreja reconhece que Deus também se revela por meio da beleza, da criatividade e da alegria: “Usamos a cultura como ponte de diálogo, para que até os mais distantes possam fazer uma experiência profunda desse amor que salva, restaura e devolve a dignidade de sermos filhos”.

MÚLTIPLAS ATRAÇÕES

Esta edição foi marcada pela amplia­ção do Espaço da Misericórdia, que aco­lheu quase 400 pessoas para Confissões, momentos de oração, aconselhamento e adoração ao Santíssimo.

As tendas vocacionais, organizadas com apoio de comunidades paroquiais e movimentos eclesiais, apresentaram aos jovens a diversidade de carismas da Igreja.

No Espaço Sampa, palco alternativo do festival, novos talentos da música ca­tólica também se apresentaram.

Breno reforçou que o evento é res­ponsável pelo despertar de muitas vo­cações: “Temos muitos testemunhos de jovens que retornaram à Igreja, vocações despertadas para o sacerdócio e a vida religiosa, famílias restauradas. Em várias paróquias, surgiram grupos de oração, ações sociais e projetos de evangeliza­ção. O Halleluya não termina aqui: ele se espalha e frutifica nas comunidades da Arquidiocese.”

Aos participantes do evento foi pedi­da a doação de 1kg de alimento, gesto so­lidário que resultou em 436kg arrecada­dos, os quais serão destinados ao Projeto de Promoção Humana da comunidade.

ESPERANÇA NA JUVENTUDE

Karina Zaniti, 21, membro da Cate­dral do Divino Espírito Santo e da difu­são da Comunidade Shalom, em Bauru (SP), participou do evento pela primeira vez: “Acredito que Deus pode, a partir deste evento, fazer uma obra nova na vida de cada jovem.”

Daniel Henrique dos Santos, 23, do mesmo grupo, participou pela segun­da vez do Halleluya. Em seu entender, “apesar de ser uma ‘festa que nunca aca­ba’, cada ano é uma nova festa, um novo começo” para transformar a vocação de cada jovem.

A religiosa Maria Lux Cordis, 26, do Instituto Verbo Encarnado, também este­ve pela primeira vez no evento: “Ver tan­tos jovens reunidos é uma alegria imensa, ainda mais porque nossa congregação é formada, em sua maioria, por jovens”. Ela ressaltou, ainda, que “poder testemu­nhar essa juventude católica firme na fé, apesar das dificuldades do mundo atual, é sinal de que a Igreja está viva. Este en­contro também nos estimula a rezar por vocações. É um tempo de apostolado e de fortalecimento espiritual”.

CANTAR ÀS MULTIDÕES

Pela primeira vez no palco do Halle­luya São Paulo, a cantora Laura Salvador desejou que o Espírito Santo conduzisse o momento: “Que todos saiam cheios da graça e da bênção de Deus neste dia.”

Ela lembrou que, como no Salmo da liturgia daquele domingo, os jovens pre­sentes manifestam que suas vidas têm sede de Deus, e estão ali em busca Dele.

Para Yuri Costa, também artista con­vidado, o festival é muito mais do que entretenimento, é “uma grande celebra­ção da vida. Estamos aqui como Igreja, como irmãos em Cristo. E é uma imensa alegria poder cantar essa alegria.”

Sh

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