Semanalmente, na Paróquia São Judas Tadeu, na Vila Miriam, são produzidos pães para serem doados a famílias mais pobres
É quarta-feira e a movimentação está intensa no salão paroquial da Igreja São Judas Tadeu, na Vila Miriam, na zona Noroeste da capital.
Das 8h às 16h, duas equipes de leigos, com a ajuda de religiosas e seminaristas da Congregação de Nossa Senhora do Calvário, se revezam para colocar a mão na massa, literalmente: uma vez por semana, eles produzem pães, que são destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade social assistidas pela Paróquia.
A Padaria Santa Dulce dos Pobres, criada pela Paróquia São Judas Tadeu em junho deste ano, produz a cada quarta-feira, 40 pães, em média, distribuídos no próprio dia, sendo que na segunda quarta-feira de cada mês, quando há a entrega de cestas básicas, essa quantidade é triplicada.
As entregas são feitas seguindo todos os protocolos de enfrentamento do novo coronavírus: ninguém pode entrar no salão paroquial sem máscaras, há álcool em gel disponível e sempre há alguém que organiza as filas, para assegurar que seja respeitado o distanciamento social recomendado entre as pessoas.
“A história da Padaria Santa Dulce dos Pobres nasceu como fruto da Campanha da Fraternidade deste ano, infelizmente neste momento de dor e de sofrimento que atravessam tantas famílias vitimadas pela COVID-19”, relata a paroquiana Marina de Sousa, em um texto no qual resgata o histórico da iniciativa. “Na Campanha da Fraternidade, fomos convidados a ter um olhar com mais atenção para a vida. A CF proclama que a vida, sendo Dom e Compromisso, consiste em ver, ser solidário e cuidar”, continua.
“A iniciativa de produzirmos pães para doação surge em meio outros tantos apelos, como a perda de emprego e subempregos. As famílias que já se encontravam em situação de vulnerabilidade precisam agora ‘priorizar as prioridades’, não tendo muitas vezes o dinheiro para o ‘pãozinho’. Em alguns casos, quem sabe, este é o único alimento do dia”, afirma Marina.
A exemplo do ‘Anjo bom da Bahia’
A inspiração para os trabalhos é justamente o testemunho de Santa Dulce dos Pobres, “uma vida de fé, caridade e compaixão pelos mais fragilizados”, comenta Marina.
“Esperamos que essa ação social possa continuar na mesma profecia de Irmã Dulce. Com ela, queremos e precisamos lutar, para que a dignidade humana dessas famílias seja assegurada por ações afirmativas e políticas públicas, que garantam suprir os direitos básicos e inalienáveis ao ser humano”, afirma, mencionando, ainda, uma outra máxima da Santa conhecida como o “Anjo bom da Bahia”, canonizada pelo Papa Francisco em outubro do ano passado: “No amor e na fé, encontraremos as forças necessárias para nossa missão”.
A produção dos pães, a propósito, só tem sido possível graças a empresas e pessoas que doam farinha e fermento à Paróquia, e de outras que, como Marina, oferecem seu tempo para a produção e a entrega dos pães.
Mensalmente, a Paróquia São Judas Tadeu, por meio da Pastoral da Promoção Social, fornece cestas básicas a 55 famílias cadastradas e a aproximadamente cem famílias não cadastradas. As iniciativas são animadas pelos Padres Antônio Leite Barbosa Júnior, Pároco, e Armênio Rodrigues Nogueira, Vigário Paroquial.
Os interessados em colaborar com as obras de caridade da Paróquia São Judas Tadeu podem se informar pelo telefone (11) 3975-2121, pelo WhatsApp (11) 93421-9887 ou diretamente na secretaria da matriz paroquial: Rua João Alves Pimenta, 152, Vila Miriam.
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