Núncio Apostólico no Brasil preside missa na Catedral da Sé pela 1ª vez

Dom Giambattista Diquattro fez breve passagem na capital paulista na sexta-feira, 12.

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Na sexta-feira, 12, memória litúrgica de São Josafá, Bispo e Mártir, a missa das 12h na Catedral da Sé foi presidida por Dom Giambattista Diquattro, Núncio Apostólico no Brasil. Concelebraram o Cardeal Odilo Pedro Scherer, os bispos auxiliares e sacerdotes.

No início da celebração, o Arcebispo de São Paulo saudou o representante do Papa: “É com grande alegria que o acolhemos em São Paulo, na Catedral da nossa Arquidiocese. O senhor é muito bem-vindo. Que sua presença seja a primeira de muitas. Tenha a certeza que nós estamos unidos ao Santo Padre e em oração constante também pelo seu representante aqui no Brasil”.

É PRECISO REDESCOBRIR DEUS

Na homilia, o Núncio recordou a primeira leitura (Sb 13,1-9) e falou sobre os homens que contemplavam a criação, mas que não souberam erguer-se ao seu criador, cometendo, assim, a insensatez de adorar outros elementos do mundo.

Luciney Martins/O SÃO PAULO

“Os grandes sábios e filósofos gregos, que souberam penetrar tão profundo nos segredos do universo, não chegaram à fé de um único e verdadeiro Deus. Os estudiosos que viviam à procura de Deus, deixaram-se ofuscar pela beleza e energia dos elementos e não compreenderam que eles estavam testemunhando o poder de Deus”, salientou.

Dom Giambattista reiterou que as conquistas da ciência proporcionaram grandes progressos ao longo dos séculos, o que fez com que os homens se sentissem como o Criador, donos do próprio destino e autossuficientes a ponto de proclamar a morte de Deus.

“Vieram depois as denúncias da morte do homem, se recusaram a conhecer Deus como seu princípio e, assim, o homem rompe a ordem que o orientava para o seu fim ultimo e, ao mesmo tempo, quebra toda harmonia, quer em relação a si mesmo, quer em relação aos outros homens e a toda a criação. Para retomar o rumo, é preciso redescobrir Deus”, completou.

AGRADECIMENTO

No final da celebração, Padre Helmo Cesar Faccioli, Auxiliar do Cura da Catedral da Sé, agradeceu a Dom Giambattista Diquattro pela missa presidida na Igreja-Mãe da Arquidiocese de São Paulo.

“A Catedral Metropolitana de São Paulo tem a alegria e a graça de acolhê-lo. Neste dia, o senhor vem não só nos confirmar na fé, mas, também, dizer que está a serviço da Igreja. Quero que saiba que somos fiéis ao Papa Francisco, ao seu ensinamento e ao seu pastoreio”, disse Padre Helmo Faccioli.

“Essa celebração é um dom extraordinário de vida sacerdotal. O esplendor desta catedral manifesta e testemunha o esplendor da fé do povo de São Paulo e, ao mesmo tempo a grandeza da santidade do povo de Deus aqui em São Paulo. Muito obrigado pela oração, pelo amor à mesma Igreja e ao Espírito Santo”, concluiu o Núncio.

BIOGRAFIA

Dom Giambattista Diquattro foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 29 de agosto de 2020 e desembarcou no Brasil para iniciar sua missão no dia 7 de janeiro de 2021. Nasceu em Bolonha, Emília-Romanha, Itália, em 18 de março de 1954. É arcebispo, diplomata, teólogo e canonista.  

Foi ordenado sacerdote em 1981. Recebeu seu mestrado em Direito Civil na Universidade de Catânia, e doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma e mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma.

Entrou para o Serviço Diplomático da Santa Sé em 1º de maio de 1985, e serviu em missões diplomáticas nas representações pontifícias na República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Chade, nas Nações Unidas em Nova York, e mais tarde na Secretaria de Estado do Vaticano, e na Nunciatura Apostólica na Itália.

São João Paulo II o nomeou núncio apostólico no Panamá em 2 de abril de 2005. Bento XVI o nomeou núncio apostólico na Bolívia em 21 de novembro de 2008 e em 21 de janeiro de 2017, o Papa Francisco o nomeou Núncio Apostólico na Índia e no Nepal.

Luciney Martins/O SÃO PAULO

(Com informações de CNBB)

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