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Organizações católicas dialogam para fortalecer a caridade organizada

Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

A segunda edição do Fórum da Caridade Organizada foi realizada na sexta-feira, 4, na ExpoCatólica, com a presença de representantes de organizações sociais ligadas à Igreja. Promovido pela Arquidiocese de São Paulo, por meio do Vicariato Episcopal da Caridade Social e da Rede Amparo pela Vida, o encontro teve como objetivo promover a troca de experiências entre os gestores e oferecer formação sobre temas como contabilidade, legislação, captação de recursos e articulação em rede.

“A iniciativa é fortalecer as organizações sociais da Igreja Católica”, explicou Lorenna Pirolo, diretora da Rede Amparo pela Vida. “Estamos em um processo de comunhão, nos conhecemos, mas precisamos fortalecer as estruturas, aprimorar a capacidade como um todo para garantir a sustentabilidade e a perenidade dessas ações.”

Ela destacou que encontros como o fórum ajudam a “traçar soluções” e que “quem chega melhor é quem chega junto”.

A caridade que organiza e mobiliza

Durante o evento, o Cônego Marcelo Monge, Vigário Episcopal para a Caridade Social, apresentou um levantamento parcial das ações realizadas nas 311 paróquias da Arquidiocese. “Os dados são bastante significativos. É muita caridade, muitas pessoas atuando e muitas pessoas recebendo esta caridade por meio de serviços, produtos, cursos e das várias formas de caridade que as paróquias praticam”, afirmou.

O Cardeal Odilo Pedro Scherer recordou que o fórum retoma uma reflexão iniciada há 25 anos com o Seminário da Caridade, destacando que “existe a necessidade de organizar a caridade, para que mais pessoas se envolvam e haja maior eficácia nos frutos da caridade”. Segundo o Arcebispo de São Paulo, quando há uma estrutura organizada, mais pessoas se sentem encorajadas a participar: “Se for por sua iniciativa individual, muitas vezes as pessoas não dão um passo. Mas quando se trata de colaborar, quantas pessoas participam”.

Dom Odilo também afirmou que a caridade é um espaço privilegiado de união, inclusive entre pessoas de diferentes crenças: “Na prática das obras de misericórdia, nós nos encontramos todos juntos”. Ele concluiu lembrando que muitas das ações da Igreja se dirigem às chamadas causas perdidas, como pessoas em situação de rua, dependentes químicos, idosos e pessoas com deficiência. E afirmou: “A esperança não deixa ninguém no abandono. E por isso, nos engajamos, porque valorizamos as pessoas, sabemos do valor pessoal de cada uma”.

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