Paróquia Santa Cruz de Itaberaba realiza live na 35ª Semana do Migrante

POR JULIANA TAVARES

(Crédito: Pascom da Paróquia Santa Cruz de Itaberaba)

No Dia Mundial do Refugiado, no sábado, 20, a Pastoral dos Migrantes da Paróquia Santa Cruz de Itaberaba realizou uma live no Facebook da Paróquia, abordando a 35ª Semana do Migrante, com o tema ‘Onde está o teu irmão, a tua irmã ?”

Uma das participantes foi a imigrante venezuelana Anggie, 34, que saiu de seu país natal em 2019, em busca de melhores condições de vida no Brasil, deixando para trás sua mãe e sua filha gestante. Em São Paulo, ela foi amparada pela Pastoral dos Migrantes, o Serviço Pastoral dos Migrantes e a Paróquia Santa Cruz de Itaberaba.

O casal Claudinete e Penha falou sobre os trabalhos que realizam na Pastoral dos Migrantes, voltados em atenção ao próximo.

Tila falou a respeito de sua formação no Fórum das Migrações, em 2019, e trouxe relatos dos migrantes durante a reunião, histórias de irmãos migrantes em situação de refúgio, que enfrentando dificuldades para se inserir na sociedade brasileira, fugindo da desigualdade social, fome e miséria.

Darialva trouxe a reflexão sob a perspectiva da criança migrante. Os pais migram com seus filhos, que também deixam para trás sua morada, amizades, laços afetivos para reconstruírem a vida. Foi citada a história do menino Gratner, do Sul do Sudão, que sofreu ataques, passou por provações e foi o único sobrevivente de sua família, atacada por conflitos na região, restando-lhe apenas um avião feito com sucata velha e a esperança de dar continuidade à vida com a saudade latente de seus familiares.

Na sequência, Carmem e sua filha Maria Beatriz relataram o trabalho que desenvolvem com as aulas de português ao grupo de mães bolivianas, peruanas, nordestinas e a curadoria com as crianças que brincam e desenvolvem atividades enquanto os adultos estudam a língua portuguesa.

Como a principal dificuldade do migrante boliviano é a língua, a promoção de encontros para aprimorar o português dos adultos se fez necessária, para garantir uma melhor interação destes povos na sociedade e mercado de trabalho, além de ser um momento terapêutico, conforme relatou a professora Carmem.

Beatriz citou ainda, sua participação no Parlamento Jovem, com a proposta de Lei dos Migrantes, que iguala os direitos de migrantes e imigrantes aos dos cidadãos comuns.

Antes do encerramento, foram sanadas dúvidas dos internautas que acompanharam a transmissão e relatadas algumas das atividades que o grupo tem desenvolvido durante este período de pandemia para assistência às famílias de migrantes e imigrantes da Região Brasilândia.

O desfecho foi com a leitura da oração do migrante, enfatizando o olhar sob esses irmãos que mais do que nunca precisam de apoio e acolhida com sua trajetória de migração durante este período de pandemia.

* A autora optou por não identificar o sobrenome dos participantes citados no texto

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