O Cardeal Odilo Pedro Scherer Presidiu, na capela de sua residência, a missa da segunda-feira, 9, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.
Nesta data, a Igreja celebra a memória de Santa Teresa Benedita da Cruz, religiosa e mártir.
Edith Stein nasceu em Breslávia, no dia 12 de outubro de 1891, de uma família judaica. Apaixonada pesquisadora da verdade, através de aprofundados estudos de filosofia, encontrou-a mediante a leitura da autobiografia de Santa Teresa de Jesus.
Em 1922, recebeu o batismo na Igreja católica e, em 1933, entrou para o Carmelo de Colônia adotando o nome de Irmã Teresa Benedita da Cruz. Morreu mártir pela fé cristã aos 9 de agosto de 1942, no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, durante a perseguição nazista, oferecendo seu holocausto pelo povo de Israel.
Mulher de inteligência e cultura singulares, Edith Stein deixou muitos escritos de alta doutrina e de profunda espiritualidade. Foi beatificada por São João Paulo II em Colônia, na Alemanha, em 1º de maio de 1987, e canonizada em Roma, em 11 de outubro de 1998.
“Que por sua intercessão que cesse todo ódio descriminação e perseguição o religiosa”, pediu Dom Odilo no início da celebração.
Povo no deserto
Na homilia, o Arcebispo de São Paulo meditou sobre a primeira leitura (Dt 10,12-22), que destaca as recomendações dadas por Deus ao povo de Israel, durante o êxodo no deserto rumo à terra prometida.
Em uma das exortações, o Senhor recorda que a ele “pertencem os céus, o mais alto dos céus, a terra e tudo o que nela existe”. “Muitas vezes, achamo-nos donos senhores do mundo. É uma percepção errada. A fé parte desse primeiro pressuposto de que Deus criou tudo, inclusive a nós. E, portanto, a ele é devido o louvor e a glória”, afirmou o Cardeal.
No texto o Senhor ainda diz: “Abri, pois, o vosso coração, e não endureçais mais vossa cerviz, porque o vosso Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas nem aceita suborno. Ele faz justiça ao órfão e à viúva, ama o estrangeiro e lhe dá alimento e roupa”.
Fazer memória
Dom Odilo acrescentou que, na missa, os cristãos fazem memória dos grandes feitos de Deus pela humanidade, por meio da paixão, morte e ressurreição de seu Filho, Jesus Cristo. “Assim, nós reconhecemos com fé o que Deus realizou e continua a realizar por nós”, recordou.
“Peçamos a Deus que mantenha firme a nossa fé e o santo reconhecimento do Senhor. Que nos mantenha livres de qualquer soberba diante de Deus e do próximo, dando-nos sempre um coração aberto a reconhecer seus caminhos de vida e de salvação”, concluiu o Arcebispo.