‘Que o sínodo produza uma profunda renovação missionária em todos nós e em cada expressão de nossa Arquidiocese’

Exortou o Cardeal Scherer, na missa de encerramento do 1o sínodo arquidiocesano de São Paulo

Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Com a presença de fiéis leigos, religiosos consagrados, diáconos, padres e bispos auxiliares da Arquidiocese, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, presidiu na tarde do sábado, 25, na Catedral da Sé, a celebração eucarística de encerramento do 1o sínodo arquidiocesano de São Paulo.

Foi um momento de render graças a Deus por toda a caminhada sinodal, iniciada em 2017, de renovar o envio missionário da Igreja na maior cidade do País, bem como de acolher os propósitos e orientações para a fase pós-sinodal, que estão contidos na Carta Pastoral do Arcebispo.

ACESSE A ÍNTEGRA DA CARTA PASTORAL DO ARCEBISPO

TEMPO DE ESCUTA E DISCERNIMENTO

Na homilia da missa, o Arcebispo Metropolitano recordou que estes seis anos de sínodo arquidiocesano foram “um tempo de escuta e conhecimento da realidade eclesial e pastoral de nossa Arquidiocese, de tomada de consciência e discernimento e de busca da vontade de Deus a respeito da vida e da missão da nossa Igreja em São Paulo”, período em que “procuramos colocar-nos em atitude de oração e de escuta da voz do Espírito Santo, verdadeiro mestre e guia da Igreja”.

Dom Odilo lembrou, ainda, que o sínodo surgiu no contexto das interrogações sobre a evangelização e a vida pastoral da Arquidiocese, e que também foi um “tempo para ‘olhar-se no espelho’, de acolher de maneira humilde e atenta os anseios do povo cristão, os dados da realidade, e de perguntar-se: como podemos  ‘passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária?’”.

O SÍNODO CONTINUA

O Arcebispo Metropolitano sublinhou que o sínodo prossegue, agora com a acolhida das orientações e propostas sinodais: “O processo sinodal, até agora, foi como uma grande preparação do terreno e uma semeadura. Começa, agora, o trabalho do cultivo, na esperança paciente da chegada dos frutos”.

Aludindo à Solenidade da Anunciação do Anjo do Senhor a Maria, celebrada neste dia, o Arcebispo recordou que a Virgem Maria “acolheu com fé o convite de Deus e em seu seio o Filho eterno de Deus tomou carne e se fez um de nós, para caminhar conosco, fazer ‘sínodo’ com a humanidade”.

“Maria, a humilde serva do Senhor, é a imagem da humanidade que se dispõe a colaborar com a obra de Deus em cada momento da história, em cada situação da vida. Deus pede de todos nós esta mesma disponibilidade para que o sínodo produza seus frutos.  O sínodo encerra suas atividades, mas começa agora a etapa pós-sinodal, que vai requerer de todos nós, muita generosidade e disposição para traduzir as orientações e os propósitos  sinodais em uma nova vida para a nossa Arquidiocese”.

Dom Odilo destacou, ainda, que o desejado processo de conversão pastoral e missionária exigirá “muita fé, paciência e perseverança de todos nós”, e que é preciso que a presença da Igreja seja percebida  na cidade, como sinal de vida, fraternidade, justiça, respeito e paz: “Oxalá , o sínodo produza uma profunda renovação missionária em todos nós, em cada comunidade e expressão da Igreja, em cada estrutura organizativa e de serviço de nossa Arquidiocese”.

GRATIDÃO A TUDO O QUE FOI VIVIDO

Após a comunhão, em diferentes momentos de fala, o Cônego Antônio Manzatto, o Diácono Ailton Machado, a Irmã Helena Corazza, FSP, e a senhora Ana Filomena externaram sua gratidão a Deus e ao Arcebispo Metropolitano pelo caminho sinodal percorrido, bem como a disposição de que sejam acolhidas e postas em prática as propostas sinodais e a diretrizes da Carta Pastoral do Arcebispo.

Antes da benção final, a Carta Pastoral do Arcebispo foi distribuída a todos os fiéis e, simbolicamente, os bispos auxiliares entregaram a leigos e padres de paróquias das seis regiões episcopais um certificado da participação paroquial nas etapas do sínodo arquidiocesano.

Dom Odilo também anunciou os 12 primeiros grupos de trabalho pós-sinodais que elaborarão propostas para:

– A reformulação da estrutura organizacional da Pastoral na Arquidiocese

– Elaboração de um Diretório da Pastoral

– Revisão e adequação do Plano de Manutenção da Arquidiocese

– Atualização do Diretório dos Sacramentos

– Elaboração de um Diretório Litúrgico para a Arquidiocese

– Elaboração de um Regimento da Cúria Metropolitana

– Criação de um Vicariato Episcopal para a Área da Saúde

– Criação de um Vicariato Episcopal para a Catequese

– Revisão e adequação do Diretório Arquidiocesano da Formação Presbiteral

– Organização do Vicariato da Educação e da Universidade

– Organização da caridade social

– Elaboração de um novo Plano de Pastoral

“Irmãos e irmãs, como Jesus enviou em missão os discípulos, assim, em nome da Igreja, eu vos envio: ide à cidade de São Paulo, às suas paróquias e todas as comunidades e organizações da vida eclesial e social, ide às periferias e aos centros vitais da cidade! A todos, anunciai a Boa Nova da salvação. Que a Mãe de Deus e Mãe da Igreja vos acompanhe, ampare e conforte na missão”, disse o Arcebispo na bênção e envio missionário na conclusão da missa.

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DO O SÃO PAULO

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Licinho
Licinho
1 ano atrás

Que o Espírito Santo os ilumine nesta nova fase da caminhada em um novo Pentecostes.