Destacou o Arcebispo Metropolitano de São Paulo em missa no Dia Mundial das Missões
O Cardeal Scherer presidiu no domingo, 22, na Catedral da Sé, a Eucaristia no 29º Domingo do Tempo Comum, quando também se comemorou o Dia Mundial das Missões.
Em todas as igrejas do mundo, foi realizada a Coleta Missionária, destinada a ajudar as dioceses, congregações e iniciativas de missão.
Ao saudar os fiéis no início da celebração, o Purpurado exortou os fiéis a rezarem pelos missionários.
“Rezemos, de modo particular, pelos missionários que se encontram em situações mais difíceis, às vezes até em risco, situações, muitas vezes de grandes desafios para o seu trabalho missionário”, ressaltou, recordando que os fiéis devem rezar também para que o trabalho missionário cresça nas paróquias e nas comunidades.
Na homilia, Dom Odilo recordou o Dia Mundial das Missões e da Infância Missionária.
“A Igreja faz pensar na infância missionária, porque em muitos lugares existe a organização da infância, da adolescência, da juventude missionária, para que também o amor às missões e a inspiração missionária cresça nas comunidades a partir da infância”, afirmou.
IGREJA MISSIONÁRIA
O Purpurado ressaltou que o Dia Mundial das Missões foi instituído para que “recordemos que a Igreja é missionária”.
“Somos uma Igreja missionária pela sua própria natureza”, salientou, destacando que a Igreja não deve ser entendida simplesmente como um lugar de atendimento, mas, sim, como comunidade missionária, enviada ao mundo desde o Batismo.
ANUNCIAR O REINO
Dom Odilo recordou o mandato Jesus aos discípulos – “Vós sois minhas testemunhas” – e lembrou que onde há católicos, há testemunhas de Cristo e do Evangelho.
“Se queremos ser fiéis a Cristo, como cristãos e como Igreja, devemos ser missionários e, claramente, fazer o que é preciso para que a Igreja realize a sua missão confiada por Jesus”.
URGÊNCIA MISSIONÁRIA
O Cardeal destacou que há uma urgência de renovação missionária, e que é necessário trabalhar e renovar-se missionariamente, a partir das ações nas comunidades e paróquias.
“O que estou fazendo, de minha parte, para contribuir e colaborar com a missão da Igreja? Para que o Reino de Deus seja anunciado, para que o Evangelho seja proclamado? E para que a nossa fé seja anunciada no mundo?”, indagou, exortando os fiéis a refletirem sobre a preocupação missionária.
Dom Odilo recordou que no 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo houve uma grande preocupação missionária, e que as comunidades devem ser uma Igreja em saída missionária.
E também ressaltou que no Sínodo sobre a sinodalidade também tem a preocupação missionária, e que está se debruçando sobre a renovação da Igreja, para ser uma Igreja em saída e em missão.
OS MISSIONÁRIOS
Por fim, Dom Odilo recordou o trabalho de inúmeros missionários pelo mundo, e salientou que a Igreja em São Paulo é fruto do trabalho missionário, realizado pelos jesuítas em 1554.
“Nós herdamos o fruto de uma missão que veio sendo feita, e agora é a nossa vez, de fazer a nossa parte, para que depois de nós a fé continue e a Igreja continue a realizar sua missão no futuro”, salientou.
O Prelado pediu também orações pelos missionários.
SER DE DEUS E NÃO DE CÉSAR
Chamando a atenção para o trecho do Evangelho do dia (Mt 22,15-21), no qual Jesus é questionado pelos fariseus se é lícito ou não pagar imposto a César, Dom Odilo refletiu a partir da resposta dada pelo próprio Cristo: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
O Purpurado recordou que na imagem da moeda mostrada a Jesus estava estampada a figura de César, e que nos fiéis deve estar a imagem de Deus. “Não somos de César, somos de Deus, acima de tudo. Pelo Batismo, pela fé, trazemos em nós a imagem de Deus”, afirmou, recordando que a Deus deve-se dar a honra, o louvor, a glória e a confiança.