‘Sempre há esperança quando nos abrimos à ação do Espírito de Deus’

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa nesta sexta-feira, 21, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Nesta data, a Igreja celebra a memória de São Pio X (1835-1903), Papa do início do século XX, que adotou como lema se seu pontificado “Restaurar todas as coisas em Cristo”, ideal que de fato orientou a seu ministério. “Um Papa santo, pastor, deu grande destaque à renovação interna da Igreja, sobretudo em relação à participação frequente da Eucaristia”, destacou Dom Odilo, que também recordou que foi esse Pontífice que elevou a então Diocese de São Paulo à dignidade de Arquidiocese, em 1908.

MANDAMENTOS

Na homilia, o Cardeal refletiu a partir das palavras de Jesus no Evangelho do dia (Mt 22,34-40), que, após ser questionado por um fariseu sobre qual seria o maior mandamento, respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’ Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.

Dom Odilo explicou que a lei e os profetas se refere aos principais livros do Antigo Testamento. Por isso, Jesus quis dizer que toda a religião judaica da época dependem do amor a Deus e do amor ao próximo. “Esses dois mandamentos são inseparáveis e também a síntese de toda a Escritura”, sublinhou o Cardeal.

“Não se pode amar verdadeiramente a Deus se não se ama também ao próximo. E amar o próximo não é apenas com palavras, mas com a vida, com as atitudes”, ressaltou o Arcebispo, reforçando que esse dúplice mandamento é cerne da vida cristã.

VIDA NOVA

Na primeira leitura (Ez 37,1-14), o profeta Ezequiel narra a cena de uma planície repleta de “ossos ressequidos” e Deus o diz a ele que profetize para que esses ossos retornem à vida pela ação de seu Espírito.

“Esses ossos são povo de Israel que está no exílio e se esqueceu de Deus, mas pela misericórdia e poder divinos, podem se levantar novamente e se converter, destacou o Cardeal.

“Se estamos longe de Deus, se lhe somos desobedientes, somos como mortos, como ossos secos. Porém, podemos sempre reviver na medida em que acolhemos novamente o Espírito de Deus, seus mandamentos e sua vontade. Sempre há esperança quando nos abrimos à ação do Espírito de Deus”, concluiu o Arcebispo.

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