Veja e compare as propostas dos 3 mais bem colocados nas pesquisas para o governo de SP

A seguir, publicamos as entrevistas com os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas do Instituto Datafolha, de 18 de agosto, e do Ipec, do dia 30 do mesmo mês, para a eleição ao governo do estado de São Paulo: Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB), atual governador e candidato à reeleição. 

Com as assessorias dos três candidatos, foi acordado que as respostas enviadas não ultrapassassem os 7 mil caracteres (com espaços). Esse limite foi respeitado por Fernando Haddad e Rodrigo Garcia. As respostas de Tarcísio de Freitas extrapolaram o limite combinado, razão pela qual sua autoapresentação foi editada, a fim de assegurar a igualdade de espaço para os três candidatos. 

As perguntas foram comuns a todos. As respostas estão publicadas em conjunto, para melhor efeito comparativo, e em ordem alfabética do nome dos candidatos. 

FERNANDO HADDAD (PT – 13) 

Nasci na capital, no dia 25 de janeiro de 1963. Sou casado, tenho dois filhos. Meu pai, Khalil Haddad, emigrou do Líbano para o Brasil, em 1947, vindo a se estabelecer como comerciante atacadista de tecidos. Minha mãe, Norma Thereza, formou-se no magistério. Sou professor de Ciência Política na Universidade de São Paulo (USP), instituição pela qual também me graduei como bacharel em Direito, mestre em Economia e doutor em Filosofia. Fui ministro da Educação de 2005 a 2012, nos governos Lula e Dilma Rousseff, e prefeito da cidade de São Paulo entre 2013 e 2016. Em 2018, fui candidato à Presidência da República pelo PT. Hoje, sou candidato ao governo de São Paulo pelo mesmo partido. 

TARCÍSIO DE FREITAS (REPUBLICANOS – 10) 

Acho que posso dizer que sou um filho do Brasil. Mas antes disso, filho da dona Maria Alice e do seu Amaury, de origem muito humilde, e que sempre batalharam demais pra me dar oportunidades e a chance de alcançar meus objetivos. Minha mãe, uma mulher de muita fé, e meu pai, um cara que sinto muita saudade e que começou a vida carregando caixa de sapato […] Servi o Exército por 17 anos, estive à frente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no governo de Dilma Rousseff, e fui secretário do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) no governo Temer, até que tive a oportunidade de me tornar ministro da Infraestrutura, graças ao presidente Jair Bolsonaro, a quem devo muito[…]. 

RODRIGO GARCIA (PSDB – 45) 

Embora eu me apresente como o novo governador nestes últimos meses, eu não sou um novato na administração pública, pelo contrário. Tenho 48 anos e comecei a trabalhar no governo de São Paulo muito jovem, ainda aos 20 anos, ao lado do Mário Covas. Fui eleito três vezes deputado estadual e duas deputado federal, presidi a Assembleia Legislativa, fui líder da bancada na Câmara e secretário de Estado em setores importantes como desenvolvimento social, habitação, desenvolvimento econômico e governo. Minha vida adulta é praticamente toda dedicada a trabalhar em São Paulo e para São Paulo, agora como governador. Sou um paulista raiz, a população de São Paulo é altiva, a união sempre fez a força desse estado. É a independência política de São Paulo que garante a autonomia, a organização e a força do nosso estado. E tudo isso faz parte de uma história que eu ajudei a construir na minha vida pública. 

O SÃO PAULO – Quais são as prioridades do senhor para as áreas de Saúde e Educação, fortemente impactadas pela pandemia? 

FERNANDO HADDAD 
Vou destinar 100% dos recursos da Nota Fiscal Paulista para a área da Saúde no estado. A ideia é gerar um importante suporte para locais como as Santas Casas, por exemplo, que hoje passam por sérias dificuldades financeiras, algumas correndo o risco de fechar as portas. Além disso, vamos implementar o Programa Atende Já SP, para reduzir a fila de consultas especializadas, exames e cirurgias com mutirões. Vamos articular hospitais estaduais e regionais, Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), hospitais municipais, hospitais universitários e Santas Casas. Vamos implantar 70 Hospitais Dia em todo o estado, além de um programa de unidades móveis para garantir um atendimento mais ágil e eficiente. 

Na Educação, vamos criar mais de 200 mil vagas públicas de ensino médio de nível profissional e técnico e os Institutos Estaduais (IEs), que serão centros educacionais de referência e de cultura e esporte para a comunidade em todas as regiões do estado. Eles terão o mesmo projeto pedagógico dos Institutos Federais, os mais bem avaliados no País, e as experiências de sucesso das Etecs e Fatecs, oferecendo cursos de ensino médio técnico e cursos superiores tecnólogos. 

Nosso programa de governo ainda terá a criação do Bom Prato Estudantil, o início do Alfabetiza SP, programa de alfabetização na idade certa para todo aluno que ficou com a alfabetização defasada em decorrência da pandemia. 

RODRIGO GARCIA 
Educação e Saúde têm atenção total e vão continuar como prioridade se eu for reeleito. O Governo do Estado faz a sua parte com mais de 100 hospitais estaduais, mais de 60 AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) e o programa Mais Santas Casas, que ajuda muito os hospitais filantrópicos. Saímos de 3 mil leitos de UTI para 14 mil na pandemia e temos mais de 15 hospitais em obras. Lançamos o Mutirão de Cirurgias para zerar uma fila de mais de 538 mil procedimentos eletivos e, também, vamos levar a telemedicina para todo o Sistema Único de Saúde (SUS). 

Na Educação, somos a maior rede pública da América Latina, com mais de 3,7 milhões de alunos. As escolas de tempo integral passaram de 100 mil alunos em 2019 para mais de 1 milhão de estudantes neste ano. Meu maior objetivo, além de ampliar o ensino integral, é o ensino médio com todos os alunos no sistema integrado, fazendo também um curso técnico na dupla jornada. É um compromisso para fazer uma diferença enorme na vida dos jovens. 

TARCÍSIO DE FREITAS 
Juntamente com o setor de Comércio e Serviços, temos duas das áreas que mais sofreram com a pandemia e temos que trabalhar para essa recuperação o mais rápido possível. 

Na Saúde, vemos São Paulo sofrendo constantemente com o problema de filas para cirurgias. Algo totalmente inimaginável para o principal estado do Brasil. Sem falar que ninguém sabe em qual lugar está efetivamente na fila por causa da falta de interoperabilidade dos sistemas. Portanto, temos que atacar e zerar essas filas, principalmente com um olhar especial à população idosa, que vem crescendo consideravelmente. Queremos que São Paulo seja referência em saúde digital, com a tecnologia 5G aplicada em todo o sistema, além de qualificar os atendimentos primários para desafogar os serviços de urgência. Temos também uma preocupação com a abertura de novos leitos, equipando aqueles que já existem e dando atenção às redes de Santas Casas que podem perfeitamente atender às demandas de determinadas regiões do estado. 

Já na Educação, São Paulo não pode ser o 5º lugar no Ideb e é inadmissível vermos adolescentes sem proficiência em Português e Matemática. Não dá pra faltar professor, algo tão elementar, mas que hoje, infelizmente, é a realidade da Educação em São Paulo. A gente sabe que a Educação muda a vida das pessoas, e por isso ela precisa ser de qualidade, precisa ser acessível para todos. Hoje temos pais preocupados com os filhos que vão sair das escolas sem estarem prontos para o mercado de trabalho. 

Precisamos assegurar o futuro das crianças e dos jovens, e as escolas precisam ser tratadas como um centro cívico e de desenvolvimento. Criaremos o São Paulo Nota 10, que vai recompor e implementar a política de recuperação das aprendizagens na educação básica em todo o estado, com avaliações e monitoramento constantes. Vamos garantir um futuro pensando logo na primeira infância, o qual passa por um ensino público de qualidade e criaremos, também, projetos, como o Jovem Aprendiz Paulista, que vai dar ao jovem oportunidades de inserção no mercado de trabalho. E mais do que isso: temos que garantir uma merenda de qualidade, para crianças e jovens, desde a creche até o final do ensino médio, mesmo nos períodos de férias escolares. 

Também é necessário focar os programas estaduais de transferência de renda vinculados à Educação, com foco na redução da evasão escolar, estimulando a frequência dos alunos do ensino médio, com universalização de acesso ao programa e aumento de 44% no valor da bolsa. Ou seja, todos os alunos matriculados no ensino médio estadual e que frequentem a escola regularmente terão direito ao valor de R$ 120 mensais, a ser transferido à mãe, por 12 meses. Estamos falando de cerca de 1,3 milhão de alunos. Atualmente, esse benefício é de somente R$ 1.000 anuais e para apenas 300 mil alunos. 

Como, em sua gestão, irá aprimorar as políticas de segurança pública no estado? 

FERNANDO HADDAD 
Os crimes de furtos e roubos voltaram a crescer em São Paulo e existe um déficit enorme de policiais no estado. Nosso governo pretende estabelecer um Novo Plano Estadual de Segurança Pública que irá reestruturar e valorizar a carreira policial, determinar metas objetivas de enfrentamento à violência, com a alta da resolutividade e a redução da criminalidade. Vamos investir em uma Segurança Pública democrática e cidadã, com mais inteligência e resolução de crimes. 

Também vamos ampliar investimentos e garantir os instrumentos necessários ao desempenho da função, incluindo tecnologia, inteligência e planejamento. Outro ponto fundamental nessa área é promover uma cultura de paz e prevenção. Além de aprimorar o atendimento em delegacias com a instalação de delegacias padrão Poupatempo. Vamos ampliar também o número de delegacias da Mulher – hoje são 134 e só 11 funcionam 24 horas por dia. 

RODRIGO GARCIA 
Combatemos a criminalidade com ações concretas. Acabamos de apresentar o programa Detecta Móvel para usar a tecnologia a favor da Polícia. Com a Operação Sufoco, aumentamos as diárias pagas aos policiais e dobramos o patrulhamento nas ruas para reforçar a sensação de segurança. Na inteligência policial, nós conseguimos prender quadrilhas que usam o PIX para roubos e golpes. O Governo de São Paulo tem um recado muito forte: bandido que cometer crime no nosso estado vai ser preso. Mas, ainda que São Paulo seja o estado mais seguro do Brasil, o nosso governo não se acomoda; longe disso, a guerra contra o crime é um compromisso permanente das autoridades estaduais e das forças policiais para proteger a população. E também estamos contratando 1,5 mil agentes penitenciários para que a PM não precise mais escoltar presos em São Paulo. Como governador, dou atenção prioritária a todos os temas da segurança. 

TARCÍSIO DE FREITAS 
Vamos devolver o estado de São Paulo aos paulistas com investimento em tecnologias, na integração de agentes da segurança pública, entre Polícia Militar, Polícia Civil e Guardas Municipais trabalhando em estratégias conjuntas para promover a segurança da população, além do cruzamento da inteligência de dados. São Paulo precisa também de uma estrutura efetiva no combate ao crime organizado, revertendo a atual situação de omissão em relação ao seu crescimento, com o uso de tecnologia, inteligência policial, utilização de informações financeiras junto à Receita Federal e fortalecimento da atividade de polícia investigativa e técnico-científica. Tudo isso associado à valorização da força policial, com aumento do efetivo das Polícias, plano de carreira e recuperação da imagem da corporação, e apoio à diminuição da maioridade penal com penas mais severas para menores de 16 anos que cometam crimes graves. 

De que maneira pretende agir perante o aumento de pessoas vivendo nas ruas e da multiplicação das “cracolândias” nas cidades paulistas? 

FERNANDO HADDAD 
O estado de São Paulo tem, hoje, 600 mil famílias na miséria e por volta de 100 mil pessoas vivendo em situação de rua. Para reverter essa situação aguda no menor tempo possível, vamos lançar o Programa Emergencial de Combate à Fome e à Miséria, que vai dar comida no prato, teto para morar, escola, alfabetização para crianças defasadas, renda e crédito para trabalhar, além de saúde emergencial sem filas. Nosso governo fará da parceria com o governo Lula um momento histórico de articulação no combate incansável à fome e às desigualdades em nosso País e em nosso estado. 

No caso das cracolândias, é importante lembrar que, como prefeito de São Paulo, implantei o programa “De Braços Abertos”, que, segundo pesquisas, ajudou dois a cada três usuários de drogas a reduzir o consumo. Vamos trazer de volta o programa e colocá-lo à disposição de qualquer cidade com concentração de pessoas com dependência química e álcool. Vamos atuar com três bases para oferecer um recomeço a essas pessoas: teto, tratamento e trabalho. 

Nota redacional: Não há dados do poder público estadual sobre a quantidade das pessoas vivendo em situação de rua no estado de São Paulo. Na capital paulista, o último censo da Prefeitura, divulgado em janeiro deste ano, apontou para 31,8 mil pessoas nessa condição. 

RODRIGO GARCIA 
Na prática, não existe solução simples para problema complexo. A cracolândia é um problema de crime organizado, de tráfico de drogas e, também, uma questão de saúde pública e de tratamento de dependência química. Nós precisamos ter Polícia em cima do traficante e tratamento para o dependente químico. Estamos fazendo várias operações policiais para a prisão de traficantes e, ao mesmo tempo, oferecendo vagas para tratamento dos dependentes de drogas. As prefeituras precisam recorrer à internação involuntária porque muitos usuários não têm condições de discernir entre um tratamento ou não. Começamos um mutirão psiquiátrico na capital e vamos levar essa proposta para as grandes cidades do interior. Nós precisamos perseverar, não desistir, para dar uma alternativa de vida a esses dependentes. 

TARCÍSIO DE FREITAS 
Estamos falando da necessidade de uma integração de políticas públicas. O foco das ações de Estado precisa estar nas pessoas, pois são as mais importantes fontes de riqueza de qualquer nação. Acolhimento, cuidado, oportunidade e trabalho. Afinal, ninguém está vivendo nas ruas porque quer. E o consumo de droga acaba atingindo justamente as pessoas em situação de vulnerabilidade. É preciso agir na geração de emprego e renda, possibilitando ao cidadão levar o alimento novamente para dentro de casa. Criar ferramentas de auxílio financeiro para atacar o problema da fome em todo o Estado. E uma atuação que se estende para a questão da habitação, com medidas para a regularização da oferta existente e de um trabalho extenso de acolhimento para a correta reinserção social. 

Quais as propostas do senhor para assegurar o equilíbrio fiscal no estado? Poderá haver renúncia fiscal e redução de impostos em algumas áreas? 

FERNANDO HADDAD 
Vamos zerar o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] sobre a carne e a cesta básica. Isso, somado a um aumento no salário mínimo paulista para R$ 1.580, vai aumentar o consumo, melhorar a qualidade de vida das famílias e aquecer a economia. O governo precisa recuperar a capacidade de planejamento e transformar o poder público estadual em um agente de redução das desigualdades econômicas. 

Além disso, o estado de São Paulo vive hoje uma fuga de empresas que migram para outros estados devido à guerra fiscal. Vamos, portanto, reindustrializar São Paulo em novas bases produtivas e combater a guerra fiscal, gerando assim mais empregos, com salários maiores e sustentabilidade. 

Também propomos a criação do Programa de Recuperação de Empresas, com a inclusão de contrapartidas trabalhistas e sociais nos programas de parcelamento de dívidas com o estado com grandes devedores. Também vamos implantar em diversas regiões de São Paulo os Centros Públicos Regionais de Economia Solidária, para a promoção do desenvolvimento econômico e social de empreendimentos diversos, sempre valorizando o conhecimento e as potencialidades de cada local. 

RODRIGO GARCIA 
Se o Brasil não vai bem, o que precisamos em São Paulo é continuar tendo um estado equilibrado que executa políticas públicas, ajuda a quem precisa e dá a oportunidade a quem está procurando. Nós fizemos reformas estruturantes importantíssimas desde 2019, e isso nos deu uma capacidade de mais de R$ 50 bilhões em recursos estaduais na soma de 2021 e 2022. Então, nós estamos com as contas equilibradas e fizemos reduções importantes de tributos, como a do ICMS de combustíveis e o congelamento dos pedágios. Mas, se eu for reeleito, defendo que a revisão do pacto federativo é fundamental para nosso estado. No ano passado, São Paulo mandou R$ 716 bilhões para o Governo Federal em impostos federais arrecadados aqui, isso é 42% do que o Brasil arrecada. Com um pouco mais de retorno para São Paulo, nós teríamos grande parte dos nossos problemas resolvidos. 

Nota redacional: A redução do ICMS de 25% para 18% que incide sobre os combustíveis realizada pelo governo paulista no fim de junho foi em respeito à Lei Complementar 194/2022, sancionada pelo presidente da República no mesmo mês, limitando, até dezembro deste ano, a cobrança desse tributo estadual a no máximo 18%, mesmo percentual limite para a tributação sobre mercadorias e serviços nas áreas de energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. 

TARCÍSIO DE FREITAS 
Um dos impostos que vamos reduzir é a alíquota geral do IPVA [Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores], de 4% para 3%, além de diminuir o prazo para isenção de 20 para 15 anos, e vamos retomar os valores dos licenciamentos de veículo, que tiveram crescimento em 2021 e 2022, para os patamares de 2020. No caso do ICMS, vamos retornar o tributo para os patamares pré-pandemia. Isso será feito gradativamente, tendo em conta as especificidades de cada produto para que o ajuste do imposto seja feito de forma responsável e que o paulista não tenha mais de lidar com taxas abusivas como as que vemos hoje. 

O prazo de pagamento também será ajustado para, pelo menos, cinco dias úteis do mês, em contraponto ao prazo de três dias úteis válido em diversos casos atualmente. O importante é garantir que as contas fechem, mas com as pessoas dentro. 

As políticas em defesa da vida e da família receberão qual tipo de atenção em seu mandato? 

FERNANDO HADDAD 
O Brasil enfrenta uma situação de emergência social. Vamos proteger quem vive em territórios marcados pela vulnerabilidade e risco social. Um exemplo de necessidade imediata de políticas públicas que realmente “enxerguem” as famílias que precisam de ajuda é o fato de mais de 63% dos municípios paulistas não terem um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para cuidar de casos de violência física e psicológica, abuso sexual, abandono, rompimento de vínculos em qualquer faixa etária, afastamento do convívio familiar em função da aplicação de medidas protetivas, trabalho infantil ou presença da orfandade. Nosso governo se compromete a assegurar a dignidade humana, promovendo a redução das desigualdades em São Paulo. 

RODRIGO GARCIA 
A família é o que há de mais importante na vida de todos nós. Eu tenho muito orgulho de dizer que sou marido da Luciana, minha primeira e eterna namorada, e pai da Valentina, da Isabella e do João Pedro, filhos que tanto amo e que nos ajudam a seguir sempre em frente. Sou filho do seu Paulino e da dona Eurides, sou neto de espanhóis que chegaram a São Paulo em busca de oportunidades. Entrei na vida pública pelas mãos do meu irmão Paulino, que morreu muito cedo, em um acidente de carro. Minha mãe também já não está mais entre nós, mas as lembranças e exemplos que ambos deixaram norteiam a minha trajetória de muito trabalho e vontade de mudar a realidade das pessoas. As políticas públicas em defesa da família garantem um presente e um futuro melhores para toda a sociedade. Em relação à defesa da vida, precisamos mudar o Código Penal e endurecer penas contra quem comete crimes graves e violentos. Já em relação ao aborto, acredito que a legislação brasileira atual é adequada. 

TARCÍSIO DE FREITAS 
Cuidar das pessoas será um dos pilares do meu governo e pode ter certeza que sempre trabalharei para assegurar a defesa da vida e da família. Como cristão, sou contra o aborto, contra a interrupção da gravidez, embora exista a lei que discipline as hipóteses em que o aborto é possível e legal. É uma política pública importante e as mulheres vão ter todo o suporte do estado para isso. O que está previsto na legislação é o que nós vamos cumprir. 

Nota redacional: Conforme especificado no artigo 124 do Código Penal Brasileiro, a prática do aborto é um delito, que somente não é punido, conforme o artigo 128 do mesmo Código, quando não há outro meio de salvar a vida da gestante ou se a gravidez resulta de estupro. Além disso, para os casos em que o feto é anencéfalo também não há punições à praticante do aborto, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do ano de 2012. Em seu magistério, a Igreja defende a vida desde a concepção. Na seção “Conheça a Igreja Católica” no site do O SÃO PAULO há mais detalhes sobre a temática da defesa da vida.

Quais os compromissos do senhor para assegurar a liberdade religiosa no estado? 

FERNANDO HADDAD 
Meu compromisso com a liberdade religiosa é total, sempre foi assim durante toda a minha trajetória. Vivemos em um estado e um país com raízes diversas, multiculturais, em que todas as diferenças precisam ser respeitadas. São Paulo merece alguém que governe para o bem de todos. Um governo que combata as desigualdades, gere emprego e renda, que coloque o estado em uma trajetória de desenvolvimento sustentável e inovador, e que recupere a capacidade de planejamento. 

RODRIGO GARCIA 
Um dos meus primeiros atos como novo governador foi participar de um encontro inter-religioso no Palácio dos Bandeirantes em 26 de maio, que é o Dia Estadual da Liberdade Religiosa. Instituímos um prêmio para reconhecer homens, mulheres e instituições que lutam todos os dias pela liberdade religiosa. Aquele ato teve um simbolismo muito grande porque, infelizmente, o Brasil e o mundo, muitas vezes, vivem cenas permanentes de intolerância. E São Paulo é um estado que respeita a diversidade, a cultura, a história e a liberdade religiosa. Naquele evento, representantes de 27 segmentos religiosos se uniram para celebrar, juntos, a liberdade de fé e de crença. Eu, como cristão, celebro diariamente a minha fé e a minha crença, mas também respeito todos os que creem diferente do que eu creio. O Estado é laico, sim, mas deve respeitar todas as crenças. 

TARCÍSIO DE FREITAS 
Eu sou cristão, católico e conservador. A fé em Deus foi um pilar a minha vida inteira, é meu guia e aquilo em que me amparo nos momentos difíceis. Aprendi e trouxe isso para a vida por causa dos meus pais, são valores muito caros para mim. Como governador, vou trabalhar para que todos tenham liberdade para professar sua fé, independentemente de qual seja ela. 

Luciney Martins/O SÃO PAULO

O QUE FAZ O GOVERNADOR? 

  • No estado de São Paulo, as competências do governador estão definidas pelo artigo 47 da Constituição estadual, respeitados os princípios da Constituição federal e segundo o esquema do Executivo da União. Em linhas gerais, o governador representa o estado em todas as suas relações jurídicas, políticas e administrativas; 
  • Ele pode contar com o auxílio de secretários de estado. Eles são nomeados pelo governador e por ele exonerados, mesmo expediente que se adota em relação aos diretores das autarquias e as empresas estaduais de economia mista, como é o caso da Sabesp. 
  • O chefe do Executivo estadual é o responsável pelas Polícias Militar e Civil, bem como pela gestão das unidades prisionais para adultos e de internação para adolescentes infratores; 
  • O governador tem o dever de enviar à Assembleia Legislativa projetos de lei relativos ao Plano Plurianual (PPA), à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), à Lei Orçamentária Anual (LOA), à dívida pública e operações de crédito, bem como projetos de lei sobre o regime de concessão ou permissão de serviços públicos; 
  • Ele também pode enviar projetos de lei de outra natureza à Assembleia Legislativa, que tem autonomia para aprová-los ou não. De igual modo, compete ao governador aprovar ou vetar (total ou parcialmente) projetos de lei aprovados pelos deputados estaduais; 
  • Uma de suas missões permanentes é a de pleitear o repasse de verbas federais para políticas públicas em diferentes áreas, tarefa em que precisa de boa interlocução com deputados federais, senadores e os ministros do Governo Federal; 
  • O governador é o responsável por políticas públicas na área da Educação, o que inclui apoiar os municípios, bem como destinar verbas para a manutenção de universidades estaduais; 
  • Também compete ao governador políticas públicas na área da Saúde, com suporte aos municípios em especial na rede de atenção básica, além da manutenção e construção de hospitais estaduais e destinação de verbas para hospitais filantrópicos e as Santas Casas. 

ACESSE O SITE/REDES SOCIAIS DOS 10 CANDIDATOS AO GOVERNO DE SÃO PAULO 

Altino Junior (PSTU – 16) 
https://www.facebook.com/AltinoPstu/

Antonio Jorge (DC – 27) 
https://www.facebook.com/profile.php?id=100076444638957

Carol Vigliar (UP – 80) 
https://www.facebook.com/carolinavigliar

Edson Dorta (PCO – 29) 
https://www.facebook.com/edsondortapco29

Elvis Cezar (PDT – 12) 
https://elvisgovernador12.com.br

Fernando Haddad (PT – 13) 
https://haddadoficial.com.br

Gabriel Colombo (PCB – 21) 
https://www.facebook.com/gabrielcolombopcb

Rodrigo Garcia (PSDB – 45) 
https://www.rodrigogarcia.com.br

Tarcísio de Freitas (Republicanos – 10) 
https://tarcisiofreitas.com.br

Vinicius Poit (Novo – 30) 
https://www.facebook.com/ViniciusPoit

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