Duas brasileiras receberão do Papa Francisco os ministérios do Leitorado e de Catequista, no Domingo da Palavra

CNBB

O Papa Francisco confere respectivamente os ministérios do Leitorado e de Catequista a duas brasileiras, a Ilza Vidal de Pádua Costa, da paróquia São José, da diocese de Ji-Paraná (RO), e Maria Erivan Ferreira da Silva, da paróquia São João Batista, em Horizonte, na arquidiocese de Fortaleza (CE), no próximo domingo, 21 de janeiro, o Domingo da Palavra, no Vaticano, na basílica de São Pedro. Elas se somarão a outros sete fiéis leigos e leigas que representam o povo de Deus da Bolívia, Coreia, Chade, Alemanha e Antilhas. 

A celebração do quinto Domingo da Palavra de Deus, instituído pelo Papa Francisco em 30 de setembro de 2019, tem como lema: “Permanecei na minha Palavra” (Jo 8,31). A Missa, às 9h30 (hora do Vaticano) e às 5h30 (hora do Brasil), será transmitida ao vivo, com comentários em português, através do site e dos canais do VaticanNews no YouTube e no Facebook.

O subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, Padre Jânison de Sá Santos, contou que quando recebeu a carta do Vaticano pedindo a indicação de duas pessoas do Brasil o seu coração se encheu de alegria. Ele disse que a escolha se deu a partir de um profundo processo de discernimento, acompanhando de orações e consultas ao presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética e outras pessoas para chegar aos  nomes das indicadas.

“Queremos convidar a todos que divulguem esta apresentação (abaixo). Pedimos também aos agentes de pastoral da Igreja no Brasil a intensificação das orações pelas representantes da Brasil que irão à Roma. No próximo ano, tantos outros catequistas e leitores poderão ser instituídos nos ministérios pelos bispos do Brasil”, disse.

“Um afago de Deus”

Arquivo pessoal

Maria Erivan (a segunda na foto, da esquerda para direita) é catequista desde os 14 anos. Neste tempo, trabalhou com a iniciação à vida cristã com crianças de 7 a 8 anos e demais catequeses. Assumiu a coordenação paroquial e a formação de catequistas e hoje coordena a catequese no regional Nordeste 1 da CNBB, que corresponde ao Estado do Ceará.

Receber um ministério das mãos do Papa Francisco é um grande presente e dádiva de Deus. Como disse um padre, amigo meu aqui do Ceará, é como receber um ‘afago de Deus’. Estou levando isto no meu coração. No dia 21, estarei diante do Papa Francisco com muita emoção, mas muito grata a Deus e à Igreja por tão grande presente: este ministério tão significativo para nós catequistas”, disse.

Arquivo pessoal

Ilza Vidal de Pádua Costa, da paróquia São José, da diocese de Ji-Paraná (RO), também manifestou sua felicidade em ser escolhida para representar o Brasil e a participação das mulheres na Igreja. Ela iniciou sua caminhada na catequese aos 17 anos em Itaguai (RJ). Na paróquia São José, atua desde 1995. Hoje ela também colabora na coordenação dos catequistas do regional Noroeste da CNBB, que corresponde ao Estado de Rondônia.

“Eu aceitei e disse sim para estar em Roma no próximo domingo para receber a instituição de leitor. Para mim, é uma alegria muito grande porque no meu entendimento isto significa uma avanço na nossa Igreja para a participação e a valorização das mulheres. Esse ministério veio depois de uma caminhada e reflexão dos bispos, como também do Papa Francisco”, disse.

Ela afirmou que sente um processo de humanização pelo qual a Igreja está passando. “Com esse gesto, a Igreja se aproxima ainda mais dos leigos e leigas, que nutrem sua vida de fé no Evangelho e assim sustentam também a fé das pessoas em lugares tão distantes e desprovidos da presença de sacerdotes”, disse.

Zelo e compromisso dos leigos e leigas

Em 2021, no dia 10 de janeiro, o Papa abriu o ministério de Leitor também às mulheres, com a Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio “Spiritus Domini” e em 10 de maio do mesmo ano, lançou a Carta Apostólica sob forma de “Motu Proprio” Antiquum Ministerium.

De acordo com a assessora da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Mariana Venâncio, ambas as instituições foram recebidas pela Igreja no Brasil com grande alegria porque confirmam e conferem não só autoridade como também a responsabilidade e o reconhecimento a ministérios que já eram vividos com grande zelo e compromisso por leigos e leigas nas comunidades do Brasil.

Fonte: CNBB

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