‘Estou com vocês’, diz Papa Francisco aos católicos do Oriente Médio

ACN

Desde que a crise no Oriente Médio se agravou, com ataques de Israel contra o grupo radical islâmico Hezbolah em território do Líbano, o Papa Francisco aumentou seus apelos pela paz. Na se­gunda-feira, 7, ele enviou uma carta aos cristãos do Oriente Médio em que diz: “Estou com vocês.”

Na carta, o Pontífice recorda que, um ano atrás, o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel deixou mortos, feridos e desaparecidos, muitos reféns israelen­ses que são mantidos prisioneiros em território palestino na Faixa de Gaza. “O sangue escorre, como as lágrimas, a raiva aumenta, junto com a vontade de vingança”, diz ele, pedindo que se cons­trua o diálogo e a paz. “O mundo está em perigo”, acrescentou.

“Tenho uma coisa em meu coração que quero dizer a vocês, irmãos e irmãs, mas também a todos os homens e mu­lheres de todas as denominações e reli­giões que estão sofrendo no Oriente Mé­dio com a loucura da guerra: estou perto de vocês, estou com vocês”, escreveu.

Francisco telefona diariamente para uma paróquia na Faixa de Gaza e con­versa com o Pároco, o Padre Gabriel Romanelli, e pessoas locais. Na oração do Angelus do domingo, 6, o Pontífice insistiu que é preciso adotar um cessar­-fogo imediatamente para acabar com o massacre de pessoas inocentes.

“Faço um apelo à comunidade inter­nacional para que ponha fim à espiral de vingança e impeça mais ataques, como o realizado pelo Irã há alguns dias, que po­dem mergulhar a região em uma guerra ainda maior”, disse ele, no Angelus. “To­das as nações têm o direito de existir em paz e segurança, e seus territórios não devem ser atacados ou invadidos, a so­berania deve ser respeitada e garantida pelo diálogo e pela paz, não pelo ódio e pela guerra”, insistiu.

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ORAÇÃO E JEJUM PELA PAZ

Tendo esse contexto em mente, o Papa convocou todos os participantes da atual assembleia do Sínodo sobre a sinodalidade, que ocorre neste mês de outubro, em Roma, para rezar o Terço na tarde de domingo, na Basílica de Santa Maria Maior (foto).

Após o Terço, ele rezou a Nossa Se­nhora: “E, agora, suplicamos: acolhe o nosso grito! Precisamos do teu olhar! Do teu olhar de amor que nos convida a confiar no teu Filho Jesus. Tu que estás disposta a acolher as nossas mágoas, vem nos socorrer nestes tempos subjugados pela injustiça e devastados pelas guerras; enxuga as lágrimas dos rostos sofredores de quem chora a morte dos seus entes queridos, dos próprios filhos; desperta­-nos do torpor que obscureceu o nosso caminho e tira do nosso coração as ar­mas da violência”.

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