Festa da unidade, Solenidade de São Pedro e São Paulo convida a orações pelo Papa

(Crédito foto: Vatican Media)

Informalmente apelidada de “Dia do Papa”, a Solenidade de São Pedro e São Paulo é oportunidade de oração pelo Sumo Pontífice e pela unidade dos cristãos. Ela é celebrada em 29 de junho, ocasião na qual o Papa também abençoa os pálios, faixas de lã que simbolizam o vínculo dos arcebispos metropolitanos com o Bispo de Roma, o Sucessor de Pedro.

SINAIS DE UNIDADE

A missa do Papa Francisco será celebrada na Basílica de São Pedro, na segunda-feira, 29, com pequeno número de fiéis. Em 2015, o Papa Francisco modificou o rito dessa cerimônia: ele não mais impõe o pálio nos ombros dos arcebispos na Solenidade de São Pedro e São Paulo, mas o entrega.

Neste ano, não será possível dar todos os pálios pessoalmente, mas permanece o sinal de comunhão com o Papa: o pálio representa o vínculo direto com o Cristo “Bom Pastor” por meio do seu vigário na Terra. É um importante sinal de unidade com o Papa. Mais ainda porque se celebra, juntos e no mesmo dia, o “primeiro Papa”, São Pedro, e o “apóstolo dos povos”, São Paulo, duas colunas da Igreja. Eles também são os padroeiros de Roma, a diocese do Papa.

ORAÇÃO E CARIDADE

Também como sinal de unidade dos cristãos, a data é um convite à oração pelo Papa e à caridade. No ano passado, disse o Papa Francisco: “Peço, por favor, uma oração por mim por intercessão dos Santos Pedro e Paulo”.

A festa também é ocasião de praticar a virtude da caridade. Entretanto, por causa da COVID-19, neste ano foi adiada a coleta mundial para o Óbolo de São Pedro, geralmente realizada no domingo mais próximo a São Pedro e São Paulo. Será em 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, conforme anunciado pelo porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, a pedido do Papa Francisco.

O DIA DO PAPA

Além de o Papa ser o Sucessor de São Pedro, é também desse gesto concreto que vem o apelido do “Dia do Papa”. Trata-se, a rigor, da “Jornada Mundial para Caridade do Papa”, quando todas as igrejas do mundo revertem suas coletas em dinheiro ao fundo chamado de Óbolo de São Pedro. É uma oferta econômica dos fiéis às obras de caridade do Papa e à manutenção das atividades da Santa Sé.

Conforme escreve o vaticanista Andrea Gagliarducci, da ACI Stampa, a prática do Óbolo é antiga: “Ao final do século VIII, os anglo-saxões, depois da sua conversão, sentiram-se tão ligados ao bispo de Roma que decidiram enviar, de maneira estável, uma contribuição anual ao Santo Padre”. Ela recebeu o nome de “Denarius Sancti Petri” (Esmola a São Pedro), e a prática se espalhou pela Europa ao longo dos séculos. Em 1871, o Papa Pio IX instituiu o Óbolo oficialmente.

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