Francisco exorta: adorar a Deus e não a si mesmos

Em viagem à cidade italiana de Matera, por causa da conclusão do 27° Congresso Eucarístico Nacional, o Papa Francisco recordou que Cristo “fez-se pão para nós”, mas que “nem sempre este pão é dividido”. Assim, o desafio permanente da Eucaristia é “adorar a Deus, e não a si mesmos”, é “colocar Deus no centro, e não a vaidade do próprio eu”. 

Vatican Media

A Eucaristia, disse o Papa no domingo, 25, “nos recorda de que só o Senhor é Deus e todo o resto é dom do seu amor”, pois, “se adoramos a nós mesmos, morremos na asfixia do nosso pequeno eu”, enquanto que, “se adoramos as riquezas deste mundo, essas se apossam de nós e nos tornam escravos”. Ainda, “se adoramos o deus da aparências e nos embriagamos no desperdício, cedo ou tarde a vida presta contas”. 

Por fim, “se adoramos o Senhor Jesus na Eucaristia, recebemos um olhar novo também na nossa vida: eu não sou as coisas que possuo ou os sucessos que consigo obter; o valor da minha vida não depende de quanto consigo exibir nem diminui quando encontro os fracassos”. Em vez disso, “sou um filho amado, eu sou abençoado por Deus, Ele quis me revestir de beleza e me quer livre, me quer livre de qualquer escravidão”. 

Uma “Igreja Eucarística”, portanto, é uma Igreja que supera as indiferenças e se abre para a partilha do pão com os que mais sofrem, avalia o Papa. A Eucaristia celebrada no altar deve encontrar espaço na vida, no mundo, pois “Jesus nos pede para nos empenharmos para que haja uma efetiva conversão: conversão da indiferença à compaixão, conversão do desperdício à partilha, conversão do egoísmo ao amor, conversão do individualismo à fraternidade”, afirmou, na homilia. 

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