Madre Teresa inscrita no Calendário Romano Geral: festejada em 5 de setembro

O grito de Jesus na cruz, “Tenho sede”, penetrou no mais profundo da alma de Teresa. Durante toda sua vida, dedicou-se completamente a saciar a sede de Jesus Cristo de amor e de almas, servindo-o entre os mais pobres dos pobres. Cheia do amor de Deus, ela irradiava o mesmo amor aos outros em igual medida. Por isso, o Sumo Pontífice Francisco, decretou que o nome de Santa Teresa de Calcutá seja inscrito no Calendário Romano Geral e que a sua memória facultativa seja celebrada no dia 5 de setembro

“Quem quiser ser grande entre vós, será vosso servo” (Mc 10,43). Vivendo radicalmente e proclamando corajosamente o Evangelho, Santa Teresa de Calcutá é uma testemunha da dignidade e do privilégio do serviço humilde. Escolhendo ser não apenas a menor, mas a serva dos mais humildes, ela tornou-se um modelo de misericórdia e um autêntico ícone do Bom Samaritano. A misericórdia, de fato, foi para ela o “sal” que deu sabor a todas as suas obras e a “luz” que iluminou as trevas daqueles que já nem sequer tinham lágrimas para chorar a sua pobreza e os seus sofrimentos.

Com essas palavras, introduz-se o decreto, publicado esta terça-feira, 11 de fevereiro, pelo Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com o qual o Santo Padre dispõe que a memória facultativa da Santa seja celebrada no dia 5 de setembro, ou seja, dia da sua morte, ocorrida em 1997.

O grito de Jesus na cruz, “Tenho sede” (Jo 19, 28), penetrou no mais profundo da alma de Teresa. “Por isso, durante toda a sua vida, dedicou-se completamente a saciar a sede de Jesus Cristo de amor e de almas, servindo-o entre os mais pobres dos pobres. Cheia do amor de Deus, ela irradiava o mesmo amor aos outros em igual medida”, lê-se ainda no decreto.

Canonizada em 2016 pelo Sumo Pontífice Francisco, o nome de Santa Teresa de Calcutá nunca deixa de brilhar como fonte de esperança para tantas pessoas que procuram consolo para as tribulações do corpo e do espírito.

Textos litúrgicos

“Por isso, o Sumo Pontífice Francisco, acolhendo as solicitações e os desejos dos Pastores, das religiosas e dos religiosos, bem como das associações de fiéis, considerando a influência exercida pela espiritualidade de Santa Teresa de Calcutá nas diversas regiões do mundo, decretou que o nome de Santa Teresa de Calcutá, virgem, seja inscrito no Calendário Romano Geral” e que a sua memória facultativa seja, de fato, “celebrada por todos no dia 5 de setembro”.

O decreto conclui-se acrescentando que “esta nova memória deverá ser inserida em todos os Calendários e Livros Litúrgicos para a celebração da Missa e da Liturgia das Horas. Os textos litúrgicos a adotar, em anexo ao presente decreto, devem ser traduzidos, aprovados e, depois da confirmação deste Dicastério, publicados sob a autoridade da Conferência Episcopal.

Canonização em 2016

Nascida em 26 de agosto de 1910, em Skopje, na antiga Iugoslávia, foi em 1929 que Madre Teresa iniciou sua missão em Calcutá, mas somente depois de deixar as Irmãs de Loreto. Em 1950, ela fundou a Congregação das Missionárias da Caridade, que hoje conta com mais de seis mil irmãs em todo o mundo, atuando em 130 países, começando pelos mais pobres e subdesenvolvidos. Em 1979, a religiosa recebeu o Prêmio Nobel da Paz, cuja renda ela pediu que fosse doada aos pobres da Índia. Ela morreu em 1997 em “sua” Calcutá. São João Paulo II, com quem ela tinha uma amizade fraterna, colocou-a no álbum dos bem-aventurados em 19 de outubro de 2003. Outro Papa, Francisco, que nunca escondeu sua admiração e devoção pela santa, canonizou-a em uma Praça São Pedro repleta de religiosas, padres e fiéis dos cinco continentes em 4 de setembro de 2016. Não em um ano aleatório, mas em pleno Jubileu da Misericórdia. Aquele de quem, como disse o Papa em sua homilia, Madre Teresa, ao longo de sua vida, foi uma “generosa dispensadora”, tornando-se “disponível através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos não nascidos e dos abandonados e descartados”, inclinando-se “sobre os exaustos, deixados a morrer na beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes havia dado”, fazendo “sua voz ser ouvida pelos poderosos da terra, para que pudessem reconhecer suas faltas diante dos crimes de pobreza criados por eles mesmos”.

Fonte: Vatican News

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