Maria ensina: o verdadeiro poder é serviço

Na Solenidade da Assunção, Papa Francisco fala da ‘mudança radical’ promovida pela humildade e o amor

Vatican Media

Tendo Maria como modelo é possível entender que “o verdadeiro poder é o serviço – e que reinar significa amar”, disse o Papa Francisco após a oração do Angelus, da segunda-feira, 15, dia em que celebrou a Solenidade da Assunção de Maria. No Brasil, a festa litúrgica é transferida para o domingo seguinte, neste ano, 20 de agosto, mas na Itália e no Vaticano a Assunção é um dos principais feriados religiosos do ano, conhecido como “ferragosto”.

“Maria nos diz coisas muito importantes”, notou o Papa, referindo-se ao cântico do Magnificat, feito de versos que, segundo o relato bíblico (Lc 1,42), ela pronunciou ao encontrar sua prima Isabel quando ambas estavam grávidas. Ao ser saudada por Isabel, que chama Maria de “Bendita entre as mulheres” e, assim, inspira a oração do “Ave Maria”, ela responde com o “canto da esperança”, o Magnificat, explicou Francisco.

O sentido das palavras de Nossa Senhora é de anunciar “uma mudança radical, uma reviravolta de valores”, pois ela, pequena e humilde, foi “elevada à glória do céu, enquanto os poderosos do mundo são destinados a permanecer de mãos vazias” – conforme ela anuncia no cântico. Maria é o caminho pelo qual Deus realiza seu projeto, que ela “profetiza em forma de cântico, de oração”.

Maria “profetiza que prioridade não são o poder, o sucesso, o dinheiro, mas o serviço, a humildade, o amor” – declarou o Santo Padre. “Esse é o caminho para o céu”, disse, acrescentando que não basta estar bem “aqui embaixo”, neste mundo, mas também realizar grandes coisas olhando para o alto, “por meio da pequenez e da doçura”, como fez Maria.

“Ela é a primeira criatura que, com todo o seu ser, em alma e corpo, atravessa vitoriosa a meta do céu. Ela nos mostra que o céu está ao nosso alcance – se não cedemos ao pecado, louvamos a Deus com humildade e servimos aos demais com generosidade”, afirmou o Pontífice.

Na mesma ocasião, o Pontífice recordou que Maria é “Rainha da Paz”, e pediu orações pela paz, especialmente na Ucrânia. Também recordou as pessoas sozinhas, doentes, e os que cuidam deles, pois, diferentemente da maioria, não podem sair de férias no verão europeu.

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