Na Quinta-feira Santa, Papa irá à prisão juvenil de Casal del Marmo

Francisco celebrará a Missa da Santa Ceia de forma restrita entre os reclusos do instituto na periferia de Roma, o mesmo local onde presidiu a função do tríduo pascal quinze dias após ter sido eleito papa, em 2013

Francisco na prisão juvenil de Casal del Marmo em 2013 (Foto: Vatican Media)

De volta depois de dez anos londe celebrou a primeira Missa da Ceia do Senhor de seu pontificado, o Papa Francisco presidirá a liturgia da Quinta-feira Santa, em 6 de abril, na prisão juvenil de Casal del Marmo, em Roma.

 A missa será de forma restrita, não aberta ao público. Está prevista a transmissão ao vivo.

CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA

Recuperado de uma bronquite infecciosa, que o levou a ficar internado entre 29 de março e 1o de abril, o Papa retoma sua agenda nesta Semana Santa e presidirá as liturgias da Semana Santa, tendo sempre um cardeal no altar para auxiliá-lo.

A Missa da Ceia do Senhor, com o rito do lava-pés, ocorrerá na prisão juvenil de Casal del Marmo, na periferia de Roma, onde há dez anos o recém-eleito pontífice  lavou os pés de dez rapazes e duas moças de diferentes nacionalidades e atendeu confissões.

“Lavar os pés significa que devemos nos ajudar uns aos outros”, ele lhes havia dito, explicando o gesto. “É meu dever como padre e como bispo estar a vosso serviço”, acrescentou. “Mas é um dever que vem do meu coração: eu o amo”. Adoro fazer isso porque o Senhor assim me ensinou”. Depois, expressou o convite que nos anos seguintes ele sempre dirigiu às novas gerações: “Não deixai que a esperança vos seja roubada”.

NAS ‘PERIFERIAS EXISTENCIAIS’

Impressionou, na época, a decisão do recém eleito Papa de cancelar a celebração solene da Última Ceia na catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão, para ir em vez disso para um lugar simbólico, uma encruzilhada de histórias de sofrimento e dor, mas também de renascimento. Uma ‘tradição’, esta, que Jorge Mario Bergoglio sempre manteve como arcebispo de Buenos Aires, vivendo os momentos fundamentais do nascimento do Cristianismo em meio às “periferias existenciais” e que ele então quis restaurar em Roma.

Por todos os anos que se seguiram, o Papa sempre celebrou a Quinta-feira Santa em penitenciárias, centros para refugiados, instalações para o acolhimento e cuidado dos doentes ou jovens em dificuldade.

Fonte: Vatican News

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