Papa aos bispos greco-católicos: levar encorajamento e esperança

Em mensagem a Sua Beatitude Shevchuk, Francisco dirige-se aos prelados reunidos no Sínodo na Polônia, reiterando a sua proximidade com o povo ucraniano: que a Igreja seja lugar onde se toca a esperança.

Papa Francisco e Sua Beatitude Shevuchuk, líder da Igreja Greco-católica ucraniana em setembro de 2019
Foto: Vatican Media

O modelo é sempre o mesmo, aquele do pastor com cheiro das ovelhas. Um pensamento caro ao Papa, repetido também aos bispos greco-católicos ucranianos que desde 7 de julho, até a próxima sexta-feira, estão reunidos em seu Sínodo emPrzemysl, Polônia, local escolhido como alternativa a Kiev, que se tornou inviável devido à guerra. Francisco, antes de tudo, assegura suas orações e sua proximidade com o sofrimento do povo ucraniano.

Recordando a comemoração dos Mártires de Lviv, celebrada em 27 de junho passado – mártires elevados aos altares em 2001 por João Paulo II durante sua viagem à Ucrânia -, Francisco destaca como as atuais circunstâncias do conflito tornam melhor compreensível a situação daqueles sacerdotes, monges e monjas vítimas do regime comunista. E encoraja os bispos greco-católicos ucranianos a “ter como meta o bem da Igreja e de cada fiel”. Uma Igreja, portanto, que seja “lugar de encontro e de ajuda recíproca”, sobretudo no acompanhamento dos fiéis.

Um acompanhamento que Francisco havia delineado no encontro com o arcebispo-mor dos greco-católicos ucranianos, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, recebido com os metropolitas em Roma em 2019. O Papa retoma uma passagem-chave daquele pronunciamento na mensagem agora enviada ao Sínodo em andamento em Przemysl.

A proximidade dos Pastores com os fiéis, disse naquela ocasião, “é um canal que se constrói dia após dia e que leva a água viva da esperança”. É construída “encontro após encontro”, com sacerdotes “que conhecem e tem a peito as preocupações das pessoas, e os fiéis que, mediante o cuidado que recebem, assimilam o anúncio do Evangelho que os pastores transmitem”.

Que a Igreja – havia concluído Francisco com um convite que retoma na mensagem -, “seja o lugar onde se toca a esperança, onde se encontra a porta que está sempre aberta, onde se acolhe a consolação e o encorajamento”.

Fonte: Vatican News

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