Por causa de um “leve estado gripal”, segundo o Vaticano, o Papa Francisco teve que cancelar uma série de audiências que estavam previstas para os últimos dias. Após a conclusão do período de exercícios espirituais da Cúria Romana, na sexta-feira, 23, ele estava para retomar esses encontros privados. Entre as atividades, estava prevista uma audiência com os diáconos seminaristas da Diocese de Roma.
Mesmo sem vê-los pessoalmente, por causa do cancelamento, o Papa lhes enviou seu discurso. Os diáconos seminaristas são aqueles que, após a ordenação diaconal, se preparam para receber a ordenação presbiteral e se tornar sacerdotes. “Vocês querem exercer por toda a vida o ministério sacerdotal no grau de presbítero, como fiéis cooperadores da ordem dos bispos no serviço do povo de Deus, sob a condução do Espírito Santo?”, perguntou-lhes.
Nesse sentido, o Papa convidou os diáconos a serem “fiéis cooperadores” – e não somente “líderes” – nas comunidades a que pertencerem. A Igreja é “mistério de comunhão”, detalhou, e o padre é “testemunha dessa comunhão, o que implica fraternidade, fidelidade e docilidade”.
Sob a condução do Espírito Santo, ele também encorajou os futuros padres a serem “servidores do povo de Deus”, pois o diaconato, que é por sua natureza um ministério de serviço, “não desaparece com o presbiterato”. O sacerdote continua sempre a ser diácono, sinalizou, e deve caminhar com uma “consciência diaconal”, que lhe acompanhará em todas as suas decisões.
