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Papa: assim como Maria, devemos aprender a confiar em Deus

Ao visitar a “Domus Australia”, Leão XIV manifestou celebrou as vésperas por ocasião da festa de Nossa Senhora do Rosário: “De fato, essa devoção à Nossa Santíssima Mãe ocupa um lugar especial em meu coração”

Fotos: Vatican Media

No dia que antecede a festa da Bem-Aventurada Virgem do Rosário, Leão XIV presidiu ontem, 6 de outubro, às Vésperas na “Domus Australia”, uma casa religiosa para férias no centro de Roma, que acolhe principalmente peregrinos e turistas australianos – ou anglófonos – em visita à capital. 

A Domus Australia, localizada perto da estação Termini, é um edifício histórico com antigas relíquias romanas, originalmente uma casa dos Padres Maristas, adquirida pela Arquidiocese de Sydney com o apoio de outras dioceses australianas no final dos anos 2000. A Domus foi inaugurada por Bento XVI em 2011. 

Ao ingressar na igreja, o Papa se deteve em adoração ao Santíssimo. Para recebê-lo, o coro londrino “The Gradualia Consort” entoou o canto “Tu es Petrus”. Em seguida, o Pontífice abençoou a imagem da Nossa Senhora de Pompeia, uma cópia doada aos Padres Maristas pelo Beato Bartolo Longo no final do século XIX e restaurada poucos dias antes de sua eleição, em 8 de maio passado. A imagem, uma tela a óleo com coroa e estrelas de ouro, encontra-se na Igreja de Santa Maria do Rosário de Pompéia e São Pedro Chanel, anexa à Domus.

Leão XIV proferiu a homilia durante a celebração das vésperas

Na sua homilia, Leão XIV manifestou a satisfação de celebrar as vésperas. “De fato, essa devoção à Nossa Santíssima Mãe ocupa um lugar especial em meu coração, por isso também estou feliz por compartilhar esta ocasião com a comunidade australiana presente para esta bênção solene da imagem restaurada de Nossa Senhora de Pompeia.  Espero que esta imagem, que foi doada para esta capela há muitas décadas pelo futuro Santo Bartolo Longo, inspire uma devoção ainda maior a ela entre os residentes da Domus e aqueles que a visitam como peregrinos, bem como os membros da comunidade local.”

Neste Ano Jubilar dedicado à virtude teologal da Esperança, observou o Pontífice, Maria encarnou essa virtude através de sua confiança de que Deus cumpriria suas promessas. Essa esperança, por sua vez, deu-lhe força e coragem para dedicar sua vida voluntariamente ao Evangelho e abandonar-se inteiramente à vontade de Deus.  “Costuma-se dizer que a Encarnação ocorreu primeiro no coração de Maria, antes de ocorrer em seu ventre. Isso enfatiza sua fidelidade diária a Deus”, afirmou o Papa.

“Deus nunca se atrasa, somos nós que temos que aprender a confiar, mesmo que isso exija paciência e perseverança. O tempo de Deus é sempre perfeito.”

Deus vem sempre para nos salvar e libertar, acrescentou Leão. “Ele não veio simplesmente para nos redimir da escravidão do pecado, mas para libertar os nossos corações para dizer ‘sim’ a Ele, como fez a nossa Santíssima Mãe.”  

Ao cantarmos o Magnificat, convidou o Pontífice, reflitamos sobre como Maria, a verdadeira Filha de Sião, se alegrou em Deus, seu Salvador, porque viu as graças que lhe foram concedidas e como Deus sempre foi fiel a Abraão e aos seus descendentes.

“Ao venerar Nossa Senhora de Pompéia na Domus Australia, rezo para que vocês também sejam fortalecidos pelo Espírito Santo em seu próprio serviço ao Senhor e à sua Igreja, e que possa dar muitos frutos, frutos que perdurem”, concluiu.

Capela onde se realizou as vésperas com a presença do Santo Padre

Visite a “Domus Australia”

No altar da igreja, estão guardadas as relíquias de São Pedro Chanel, protomártir e padroeiro da Oceania, missionário marista francês morto em 1841 na ilha de Futuna, na Polinésia Francesa, beatificado por Leão XIII em 1889 e canonizado por Pio XII em 1954.  

O altar da igreja também guarda as relíquias de outros santos: Santa Maria da Cruz MacKillop, primeira santa da Austrália, os santos André Dung-Lac, sacerdote, e companheiros mártires vietnamitas, Santa Maria Goretti, Santo Hugo de Lincoln e São Pio V. 

Na igreja, há uma pintura que retrata o cardeal vietnamita François-Xavier Nguyên Van Thuán (1928-2002) ajoelhado no momento da consagração enquanto celebra a missa dentro da prisão no Vietnã onde ficou preso por treze anos (de 1975 a 1988), nove dos quais passados em isolamento. Na Igreja, também estão presentes retratos de São Tomás Moro, São John Henry Newman, São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá. 

A missa é celebrada todos os dias em inglês. A Domus é também um centro de música sacra. E todos os dias há adoração eucarística às 17h.

Fonte: Vatican News

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