Papa destaca o caminho de vida ensinado por Jesus: o amor

“Jesus é a salvação, é a luz, é sinal de contradição”, disse o Papa Francisco na alocução do Angelus no domingo, 2, na festa da apresentação do Senhor no templo.

Fotos: Vatican Media

Inicialmente, o Pontífice destacou que no Evangelho proclamado neste dia (Lc 2,22-40), Maria e José que levam o menino Jesus ao Templo de Jerusalém. “Segundo a Lei, eles o apresentam na morada de Deus, para recordar que a vida vem do Senhor. E enquanto a Sagrada Família cumpre aquilo que sempre se fazia no povo de Israel, de geração em geração, acontece algo que nunca havia acontecido antes”.

O Papa, então, explicou que os anciãos Simeão e Ana profetizam sobre Jesus, enquanto todos esperavam pela libertação de Jerusalém. “Suas vozes comovidas ressoam entre as velhas pedras do Templo, anunciando o cumprimento das expectativas de Israel. Verdadeiramente, Deus está presente no meio do seu povo: não porque habita entre quatro paredes, mas porque vive como homem entre os homens. E esta é a novidade de Jesus…Na velhice de Simeão e Ana, acontece a novidade que muda a história do mundo”.

SALVAÇÃO, LUZ E CONTRADIÇÃO

Francisco lembrou, ainda, que quando Simeão toma o menino nos braços, o chama de três maneiras belíssimas: “Jesus é a salvação; Jesus é a luz; Jesus é sinal de contradição

“Antes de tudo, Jesus é a salvação. Assim diz Simeão, rezando a Deus: ‘Meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos’. Isso sempre nos maravilha: a salvação universal concentrada em um só! Sim, porque em Jesus habita toda a plenitude de Deus, do seu Amor”.

E prosseguiu o Papa: “Jesus é ‘luz para iluminar as nações’. Assim como o sol que surge sobre o mundo, este menino o resgatará das trevas do mal, da dor e da morte. Como precisamos, também hoje de luz, dessa luz!”.

Sobre Jesus ser sinal de contradição, o Papa explica: “o menino abraçado por Simeão é sinal de contradição ‘assim serão revelados os pensamentos de muitos corações’. Jesus revela o critério para julgar toda a história e o seu drama, e a vida de cada um de nós. E qual é este critério? É o amor: quem ama vive, quem odeia morre. Isto é: Jesus é a salvação, Jesus é a luz e Jesus é o sinal de contradição”.

“Iluminados por este encontro com Jesus, podemos então nos perguntar: eu, tu, tu , tu ,eu, o que espero na minha vida? Qual é a minha grande esperança? Meu coração deseja ver a face do Senhor? Aguardo a manifestação do seu plano de salvação para a humanidade? Rezemos juntos a Maria, mãe puríssima, para que nos acompanhe nas luzes e nas sombras da história, que nos acompanhe sempre ao encontro com o Senhor”, concluiu o Papa.

DIREITO À VIDA E NÃO À GUERRA

Logo após rezar a oração mariana do Angelus, o Papa começou saudando o Movimento italiano pela Vida:

“Hoje, na Itália, é celebrado o Dia da Vida, com o tema “Transmitir a vida, esperança para o mundo”. Uno-me aos bispos italianos para expressar gratidão às tantas famílias que acolhem de bom grado o dom da vida e para encorajar os jovens casais a não terem medo de trazer filhos ao mundo. E saúdo o Movimento Pró-Vida Italiano, que celebra seu 50º aniversário”.A seguir, Francisco recordou o Encontro Internacional sobre os Direitos da Criança intitulado “Amemo-los e protejamo-los”, a ser realizado no Vaticano e do qual ele participará em dois momentos, na segunda-feira, 3.

“É uma oportunidade única para colocar no centro da atenção do mundo as questões mais urgentes que dizem respeito à vida das crianças. Convido vocês a se unirem em oração pelo bom êxito”, comentou.

O Santo Padre também reiterou seu “não” à guerra, que “destrói, destrói tudo, destrói a vida e leva a desprezá-la”.

“Não esqueçamos que a guerra é sempre uma derrota. Neste Ano Jubilar, renovo meu apelo, especialmente aos governantes de fé cristã, para que se empenhem ao máximo nas negociações para por fim a todos os conflitos em curso. Rezemos pela paz na martirizada Ucrânia, Palestina, Israel, Líbano, Mianmar, Sudão e Kivu do Norte”.

Após seus apelos, Francisco saudou os grupos de várias nações presentes na Praça, despedindo-se com a tradicional saudação: “Desejo a todos um bom domingo. Por favor, não se esqueça de orar por mim”.

Fonte: Vatican News

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