Pontífice detalha suas preocupações com a inteligência artificial

Papa Francisco

Após um discurso comple­to sobre o tema da inteligência artificial (IA) realizado durante a reunião dos sete países mais industrializados do mundo, o G7, no dia 14, o Papa Francisco voltou ao tema em uma audiên­cia com membros da Fundação Centesimus Annus, no sábado, 22. Ele detalhou suas preocupa­ções de forma mais pontual.

Foram sete os pontos princi­pais apresentados por Francisco:

  • A necessidade de aprofundar o “delicado e estratégico tema da responsabilidade das decisões” tomadas utilizando inteligên­cia artificial, algo que precisa ser abordado tanto pela Filo­sofia quando pelo Direito;
  • Questões de incentivo e regula­mentação da inteligência artifi­cial, por meio de uma aborda­gem de “ética útil o progresso da humanidade”, coibindo efei­tos indesejados;
  • Os efeitos sobre o mundo da educação e da comunicação, que precisam de “um processo coordenado”, com atenção es­pecial às jovens gerações;
  • Os efeitos da IA sobre o mun­do do trabalho, algo que re­quer “requalificação profissio­nal” e atenção à recolocação dos trabalhadores;
  • É preciso avaliar os efeitos ne­gativos e positivos no campo da segurança e da privacidade;
  • É necessário avaliar os efei­tos da IA sobre “a capaci­dade relacional e cognitiva das pessoas e sobre os seus comportamentos”;
  • Deve-se recordar os enor­mes consumos de energia necessários para desenvolver a inteligência artificial, “en­quanto a humanidade está en­frentandoumadelicadatransição energética”.

Esses itens, disse o Papa, em­bora não sejam “exaustivos”, po­dem ser pontos de partida para uma reflexão mais aprofundada sobre o tema. Conscientes de que “sobre o fronte da inovação tecnológica se jogará o futuro da economia, da civilização, da própria humanidade”, é preciso “pensar e agir de modo novo”, disse o Bispo de Roma.

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