Presidente do Celam: a melhor preparação para o Sínodo é a escuta

Afirmou Héctor Miguel Cabrejos Vidarte em entrevista ao Vatican News

Foto: Reprodução da internet

Terá início no sábado, 9, o processo preparação para o Sínodo dos Bispos de 2023, que tratará da temática da sinodalidade. No domingo, 10, haverá a missa que demarca o começo deste caminho sinodal, na Basílica de São Pedro, presidida pelo Papa Francisco, às 5h (horário de Brasília).

Em entrevista à rádio Vaticano, na sexta-feira, 8, Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), afirmou que está prestes a testemunhar um momento histórico para toda a Igreja: o primeiro sínodo precedido de um novo itinerário desejado e aprovado pelo Papa Francisco: “A palavra sínodo significa caminhar junto, nós todos! Não só os bispos, mas sim todo o povo de Deus. Caminhar para discernir, para compreender o que Deus pede neste momento da história”, afirmou.

Preparação da Igreja na América Latina

Dom Héctor Vidarte recordou que a Igreja no continente tem iniciado a preparação deste caminho sinodal com a realização da 1a Assembleia Eclesial, com o tema “Aparecida: memória e desafios atuais”

E prosseguiu: “De nossa parte, tem havido um esforço sem precedentes, chegamos a consultar 70 mil pessoas, tanto individualmente quanto em grupo, sobre esta Assembleia. Creio que a escuta é a melhor preparação que existe para este Sínodo sobre a sinodalidade. Haverá uma grande escuta a nível de todos os continentes na Igreja e temos iniciado esta escuta com as perguntas ao povo de Deus, que resultaram em um documento de 200 páginas”.

Questionado sobre o que espera de frutos do Sínodo para a Igreja na América Latina e Caribe, o Presidente do Celam lembrou que esta experiência de escuta do povo de Deus tem grande valor para todos. “Nossa experiência como Igreja Latino-americana começou no Rio de Janeiro [onde se realizou a primeira conferência no ano de 1955], porém eu diria que foi em Medellín, onde houve essa escuta, esta consulta ao povo de Deus. Os fiéis, os leigos, os religiosos, os bispos, os cardeais, todos participaram agora deste processo. Esta é a novidade. Depois, haverá perguntas, uma consulta aos episcopados, mas por ora, os protagonistas são os fiéis. É uma pirâmide invertida. Sobre o que esperamos? Há muita esperança. São muitos os desafios que Aparecida propôs, mas que ainda não foram concretizados”, comentou.

Fonte: Vatican News

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