‘Ser jornalista é uma vocação’, diz o Papa aos profissionais que cobrem o Vaticano

Vatican Media

O jornalista “escolhe tocar com as mãos as feridas da sociedade e do mundo”, e, por isso, “ser jornalista é uma vocação”, disse o Papa Francisco em audiência privada com um grupo de profissionais que cobrem o dia a dia das notícias do Vaticano. O encontro foi na segunda-feira, 22, quando ele recebeu cerca de 150 profissionais de mídia de diversos países do mundo.

O Papa agradeceu o trabalho dos jornalistas e os chamou de “companheiros de viagem”, referindo-se ao fato de que muitos deles o acompanham nas viagens internacionais que faz para fora da Itália, além de seguir todo o percurso do seu pontificado.

Reconhecendo que, muitas vezes os jornalistas precisam trabalhar nos fins de semana e feriados, deixando de lado os compromissos familiares, ele agradeceu-lhes “também pela perseverança e paciência para acompanhar as notícias que chegam da Santa Sé e da Igreja, dia após dia, relatando uma instituição que transcende o aqui e agora e nossas próprias vidas.”

Recordando as palavras de São Paulo VI, ele recordou aos jornalistas que o serviço do jornalista de religião “não deve
ser guiado, como às vezes acontece, pelos critérios que classificam as coisas da Igreja segundo categorias profanas e políticas, as quais não servem a essas mesmas coisas, em vez disso, as deformam, mas precisam considerar o que realmente informa a vida da Igreja, isto é, seus objetivos morais e religiosos e as suas características qualidades espirituais”.

Em outras palavras, o Papa criticou eventuais “deformações” da notícia religiosa, por causa de influências “ideológicas” ou “espetaculares”. Em vez disso, é preciso buscar “a responsabilidade na verdade”.

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