Ações de sustentabilidade marcam envolvimento da CNBB com preservação do Meio Ambiente

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) avança nas ações de sustentabilidade, traduzindo em práticas efetivas as indicações da Campanha Junho Verde, que visa desenvolver o entendimento da população sobre a importância de preservar o meio ambiente. Painéis fotovoltáicos, redução no uso de descartáveis e horta orgânica são algumas das ações que vão além do debate e contribuem para o cuidado da Casa Comum.

JUNHO VERDE

O Bispo Auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, conta que a Presidência da Conferência enviou uma carta aos bispos motivando as iniciativas para celebrar o Junho Verde nos municípios, de modo a fortalecer “essa grande batalha de cuidar da nossa casa comum e evitar os prejuízos que já estão aí nos mostrando, na natureza, a ação do homem quando é irresponsável”.

Na quarta-feira, 5 de junho, quando foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, Dom Ricardo afirmou ser ocasião para refletir as propostas do Papa Francisco na encíclica Laudato Si’: o cuidado da Casa Comum, a Ecologia Integral, a responsabilidade humana sobre o planeta.

“Deus nos deu todos esses dons, tudo era muito bom, como nos diz no Gênesis. E nós precisamos cuidar e zelar. É responsabilidade humana de grande importância, começando pela consciência pessoal, onde as pessoas têm que cuidar na sua casa, no seu jardim, nas suas vidas; depois as responsabilidades eclesiais – como a Igreja se compromete com o meio ambiente, a Casa Comum; e as responsabilidades sociais, que entram aí que os municípios, os estados e próprio país. Por isso veio a lei Junho Verde que foi proposta pela CNBB”, lembrou Dom Ricardo.

A Campanha Junho Verde foi estabelecida pela Lei n. 14.393/2022, a qual insere a campanha no âmbito da Política Nacional de Educação Ambiental. A CNBB ajudou na proposição do texto, por meio de dom Walmor Oliveira de Azevedo, então presidente da Conferência.

ENERGIA SOLAR

Uma das ações de cuidado com o meio ambiente promovida pela CNBB foi a instalação de painéis fotovoltaicos para produção de energia solar no prédio sede, no Setor de Embaixadas Sul, e nos prédios da Casa dom Luciano e do Centro Cultural Missionário (CCM), na Asa Norte, todos em Brasília. A iniciativa tem gerado expressiva economia de recursos para a instituição e redução na emissão de dióxido de carbono na atmosfera.

Sob a responsabilidade da empresa Strom Brasil e supervisão do Departamento de Manutenção da CNBB, o projeto instalou 175 placas de geração de energia solar na sede da Conferência, e 413 placas nos prédios da Asa Norte.

Na sede, a potência instalada é de 97,6 kWp (Quilowatt de potência de pico) e a produção média mensal registrada é de 10.502Mwh (Megawatt-hora). Esse valor corresponde a 24 árvores plantadas e 43,63 toneladas de dióxido de carbono (CO²) que deixam de ser emitidos na atmosfera, evitando os desequilíbrios do efeito estufa do planeta Terra.

Já a instalação Casa Dom Luciano e no CCM tem potência instalada de 229,7 kWp e a produção média/mensal é de 1.935 Mwh. Essa geração de energia elétrica equivale, na redução de emissão de gases que causam o efeito estufa, a 10,75 árvores plantadas e a 19,35 toneladas de CO² que deixam de ser jogados no meio ambiente.

“A energia elétrica da CNBB já é toda fotovoltaica, é uma energia limpa, e isso é muito importante, acolhendo as indicações do Papa Francisco”, avaliou o subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista.

REDUÇÃO DE RESÍDUOS

“E vivendo o Junho Verde, demos esse passo de eliminar o uso de todos os descartáveis na sede da CNBB. Cada colaborador ganhou uma garrafinha e, em contrapartida, cada um vai trazer sua xícara para o café”, anunciou padre Patriky, revelando a conclusão de um processo de eliminação do uso de copos descartáveis no prédio da matriz.

“Tudo isso é um passo importante para a gente crescer na ecologia integral. O que o Papa Francisco nos diz na Laudato Si’: ele equipara a degradação do meio ambiente à degradação do ser humano. Então, quanto mais a gente vai perdendo em humanidade, em capacidade de convívio e relação, o meio ambiente também sofre essas consequências. Cuidar do meio ambiente é cuidar do ser humano que vive nesse meio ambiente”, disse.

Durante a 61ª Assembleia Geral da CNBB, houve expressiva redução de cópias e impressões com a utilização de uma plataforma on-line, onde os bispos puderam acessar os textos de estudo e debate do encontro.

TRANSIÇÃO ECOLÓGICA

Voltando à sede da CNBB, há uma pequena experiência de cadeia produtiva orgânica. O debate sobre a transição ecológica dessas produções é uma das indicações da Lei do Junho Verde.

A horta orgânica cuidada pela equipe do jardim tem uma escala pequena, mas dá apoio à cozinha na preparação das refeições, especialmente aos finais de semana, atendendo os residentes. São produzidas hortaliças, como alface, cheiro-verde, salsinha, cebolinha e coentro, e legumes e vegetais, como beterraba, cenoura, mandioca, quiabo, jiló e berinjela.

Fonte: CNBB

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