CNBB: Bento XVI buscou conciliar fé e razão, justiça e caridade

Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil manifestou pesar pela morte do Papa emérito

Foto: Vatican Media

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou no sábado, 31 de dezembro, uma “Nota de pesar e esperança” por ocasião do falecimento do Papa emérito Bento XVI.

Na nota, os membros da presidência da entidade destacam o legado e as contribuições de Bento XVI para a Igreja.

“Como teólogo, bispo e Papa, ele nos deixou um grande legado, onde se destacam o amor pela Igreja e a preocupação pelos rumos do mundo. Em seu pontificado, escreveu três encíclicas para as quais somos convidados a nos voltar com dedicação ainda maior, não apenas em razão de sua morte, mas acima de tudo pela mensagem que estas cartas nos trazem”, consta em um dos trechos.

Leia a íntegra a seguir:

NOTA DE PESAR E ESPERANÇA DA CNBB

logo CNBB

“Eu sou a Ressurreição e a Vida!” (Jo. 11,25)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil agradece ao Bom Deus pela vida, o testemunho e os ensinamentos do Papa Bento XVI.

Como teólogo, bispo e Papa, ele nos deixou um grande legado, onde se destacam o amor pela Igreja e a preocupação pelos rumos do mundo. Em seu pontificado, escreveu três encíclicas para as quais somos convidados a nos voltar com dedicação ainda maior, não apenas em razão de sua morte, mas acima de tudo pela mensagem que estas cartas nos trazem.

No Natal de 2005, na encíclica Deus é Amor, conclamou o mundo a contemplar Jesus Cristo e reconhecer o amor como o grande critério a julgar todas as relações, gerando solidariedade, caridade e fraternidade.

Recordou-nos, em 2007, que este amor é fonte de esperança: “graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente, o qual, embora custoso, pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho”.

Falando sobre o desenvolvimento humano integral, em 2009, lembrou-nos que este só efetivamente acontece quando construído na caridade e na verdade. Por isso, destacou, que “defender a verdade, propô-la com humildade e convicção e testemunhá-la na vida são formas exigentes e imprescindíveis de caridade”.

Bento XVI foi um pastor e teólogo. Na vida buscou conciliar fé e razão, justiça e caridade, temas recorrentes do seu magistério. Com a renúncia, trilhou o caminho da humildade e na emeritude ensinou a como nos preparar para o encontro definitivo com o Senhor.

Às portas de celebrarmos a Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria, e mais um dia de oração e compromisso pela paz, a CNBB pede que o Deus da Vida acolha o Papa Bento XVI em Sua paz e dê ao mundo a graça de incansavelmente trabalhar pela união, a paz e o bem comum.

    Brasília-DF, 31 de dezembro de 2022

    Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

    Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

    Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

    Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

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