“Como transmitir a fé às novas gerações”, é a pergunta que o Seminário de IVC com Seminaristas quer responder

CNBB

Começou na tarde da segunda-feira, 15, e segue até a próxima quarta-feira, 17, o Seminário de Iniciação à Vida Cristã (IVC) que reúne na Casa dom Luciano, emn Brasília, 208 seminaristas de todos os 19 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O Seminário é organizado pela Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética em parceria com a Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada (Cmovic) da CNBB.

A iniciativa tem como temática principal “A importância da catequese na formação do futuro presbítero” e deseja reforçar o espaço que a Iniciação à Vida Cristã e a dimensão catequética ocupam na formação do futuro presbiterato.

Mesa de abertura

A mesa de abertura foi composta pelos bispos e assessores que integram a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética (o arcebispo de Santa Maria (RS), dom Leomar Brustolin – presidente – ,  o arcebispo de Teresina (PI), dom Juarez Sousa da Silva, e o bispo auxiliar de Vitória (ES), dom Andherson Franklin Lustoza da Silva, padre Wagner Carvalho, Mariana Venâncio e a assessora da Cmovic, irmã Maristela Ganassini.

“Como transmitir a fé às novas gerações? é a questão que vai ser o fio condutor dos três dias de encontro”, reforçou o presidente da Comissão, dom Leomar na mesa de abertura do seminário. De acordo com dom Leomar, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética propôs em seu plano de trabalho a realizar processos e não apenas eventos.

“A Iniciação à Vida Cristã na Igreja no Brasil está sendo pensada como um caminho que precisa envolver a todos os sujeitos (padres, bispos, seminaristas, religiosas e catequistas) por isto estamos pensando num processo que envolva a todos na discussão e no repensar do nosso jeito de ser Igreja e a nossa evangelização”, disse.

Sinais dos tempos

O presidente da Comissão Bíblico-Catequética, que conduziu a primeira reflexão que buscou olhar a realidade e os sinais dos tempos, provocou os seminaristas a pensarem qual tipo de pastoral está sendo feita na comunidade?

Uma pastoral em saída em missionária ou a pastoral de manutenção e balcão na qual a paróquia é compreendida como uma organização que oferece os serviços da fé. “Se for na linha do balcão, corremos o risco de aparecer um ‘promoter’ que faz um casamento mais emocionante que o padre”, disse.

Dom Leomar chamou a atenção também para as pesquisas recentes que apontam uma tendência de queda no número de católicos no Brasil. Dados do IBGE demonstram que em 1960, os católicos somavam 94% da população. Em 2010, 54%; Em 2020, o número de católico caiu para 49% de católicos, 26% de evangélicos e 25% sem religião.

O presidente da Comissão deu ênfase ao grande número de brasileiros – 25% – que se declaram sem religião. Isto se deve, segundo dom Leomar, a uma perda dos elementos da identidade católica no país. Segundo ele, o tempo de ser discípulo missionário é agora nesta realidade desafiadora.

Dom Leomar conduziu o grupo na metodologia de reflexão sinodal “escutar a realidade, discernir para onde vão as forças e agir”. Ele também chamou a atenção para o contexto de hiperindividualismo e polarização vivida no país.

O encontro segue até quarta-feira, 17, com a reflexão sobre outros temas que envolvem a IVC: Mistagogia, Querigma, Catecumenato, Catequese e Mídias Digitais, Rito de Eleição, Purificação e Iluminação e Rito do Exorcismo.

Fonte: CNBB

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