Em discurso na ONU, Bolsonaro fala das potencialidades brasileiras

Abertura do Debate Geral da 76ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (Foto: Alan Santos/PR)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, discursou na terça-feira, 21, na abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), evento que anualmente reúne os chefes de Estado, na sede da entidade, em Nova York, nos Estados Unidos.

Bolsonaro listou o que considerou como avanços de seu governo: nenhum caso comprovado de corrupção, respeito à Constituição, valorização da família tradicional, recuperação da capacidade de lucro das estatais e o uso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para financiar obras no próprio Brasil e não mais em países comunistas. 

De acordo com o presidente, hoje o Brasil possui o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história, tendo já sido contratados US$ 100 bilhões de novos investimentos, arrecadados US$ 23 bilhões em outorgas; leiloado 34 aeroportos e 29 terminais portuários e firmados contratos privados para novas ferroviárias na ordem de US$ 6 bilhões. “Em nosso governo, promovermos o ressurgimento do modal ferroviário. Como reflexo, menor consumo de combustíveis fósseis e redução do custo Brasil, em especial no barateamento da produção de alimentos”, afirmou. 

Bolsonaro enalteceu o fato de o Brasil ter uma “moderna e sustentável agricultura de baixo carbono que alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e utiliza apenas 8% do território nacional”, afirmou que 83% da geração de energia do País é de fonte renovável, que 14% do território nacional é destinado a reservas indígenas, onde vivem “600 mil índios vivem em liberdade e cada vez mais desejam utilizar suas terras para a agricultura e outras atividades”. Também apresentou o dado de que em agosto houve redução de 32% no desmatamento da Amazônia comparado ao mesmo mês de 2020. Essa informação diverge da apresentada pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônica (Imazon), segundo o qual foram desmatados 1.606 km² da floresta em agosto, um aumento de 7% em comparação ao ano passado.

Ainda em seu discurso, o presidente da República disse que o Brasil ratificou a Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, apontou a família tradicional como fundamento da civilização e ressaltou que “a liberdade do ser humano só se completa com a liberdade de culto e expressão”. 

Bolsonaro lamentou as mortes por COVID-19 no Brasil e no mundo desde o começo da pandemia e destacou que seu governo sempre se empenhou em “combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo”. Mencionou ainda a política de auxílio emergencial que beneficiou 68 milhões de pessoas em 2020, ano em que apesar da pandemia foi encerrado com mais empregos formais que em 2019. 

O presidente da República destacou que 90% da população adulta do País já recebeu ao menos a 1ª dose da vacina contra o coronavírus. “Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacina. Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina […] Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial”, comentou, antes de concluir o discurso, enfatizando que “o Brasil vive novos tempos. Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes. Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos”. 

Fontes: G1, UOL e Agência Brasil

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