Em retiro, bispos do Brasil refletem sobre a comunhão, participação e missão

Atividade está sendo orientada pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano. Ele presidiu a missa que deu início ao 2o dia da Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP). ‘Que o Senhor nos ensine a agradecê-lo por sua oração a cada um de nós’, exortou. 

Pascom/Regional Sul 1 da CNBB

A 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB) prossegue na quinta-feira, 11, com a participação presencial de mais de 440 bispos em Aparecida (SP).

As atividades do segundo dia da 61a AG CNBB começaram com a oração das Laudes e a missa, às 7h, presidida pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, na basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. 

“Agradecemos a Jesus que reza por nós, por cada um de nós. Agradecendo a Jesus, a nossa confiança crescerá. Esta é a força de São Pedro e da Igreja: a oração de nosso Salvador. Que o Senhor nos ensine a agradecê-lo por sua oração a cada um de nós”, exortou o Cardeal Parolin na homilia. “Que a Virgem Maria, Aparecida, inspire em nossos corações o sentimento de gratidão por estarmos no coração da oração de Seu Filho Jesus e nos dê a consolação de sermos amparados por seu cuidado e amor maternal”, complementou. 

Thiago Leon/Santuário Nacional de Aparecida

RETIRO DOS BISPOS

No segundo dia de Assembleia, o episcopado brasileiro permanece em retiro, iniciado na tarde da quarta-feira, 10. O orientador do retiro é o Cardeal Parolin.

“Fui convidado por Dom Jaime Spengler durante o Sínodo dos Bispos, e ele me disse para falar um pouco sobre as três palavras que definem a sinodalidade, a saber, comunhão, participação e missão. Serão reflexões, não tanto questões concretas sobre a sinodalidade, mas como um horizonte sobre esses três temas que são fundamentais precisamente para a vida da Igreja: o fato de que somos comunhão, o fato de que todos nós, em virtude do Batismo e da Confirmação – os sacramentos da iniciação cristã –, devemos participar, e devemos participar no sentido de proclamar o Evangelho, primeiro a nós mesmos, porque, como recorda a Evangelii nuntiandi, antes de evangelizar, a Igreja deve deixar-se evangelizar”, explicou o Secretário de Estado da Santa Sé em entrevista ao Vatican News

O Cardeal Parolin destacou, ainda, que o caminho sinodal deve estar presente em todos os cristãos, pois todos são chamados à missão, ao testemunho missionário.

DGAE COMO TEMA CENTRAL

A pauta da 61a AG CNBB será retomada na sexta-feira, 12. Este ano, o tema central é “A realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE)”. 

Também são temas prioritários o Sínodo dos Bispos (2021-2024), o Jubileu 2025 e as questões relacionadas à Juventude. Ao longo da assembleia também são tratados tópicos previstos no estatuto da Conferência: Doutrina da Fé, Liturgia, Relatório do anual da Presidência (já apresentando no primeiro dia do evento), relatório econômico e Textos Litúrgicos.

No programa Encontro com o Pastor, da rádio 9 de Julho, na quinta-feira, 11, o Cardeal Odilo Pedro Scherer explicou o porquê das DGAE estarem sendo discutidas nesta Assembleia da CNBB.

“Por estas diretrizes, a CNBB, com suas muitas organizações e organismos, orienta a sua ação pastoral; mas também os bispos em cada diocese procuram orientar a ação pastoral, levando em consideração estas diretrizes gerais, que dão uma grande unidade à vida da Igreja, tratam das grandes preocupações, prioridades, destaques, daquilo que devemos levar com mais empenho em nossas dioceses”, detalhou o Arcebispo de São Paulo.

Dom Odilo voltou a pedir aos fiéis que rezem pelo bom êxito da Assembleia e que acompanhem as celebrações que ocorrem diariamente pela manhã e outras notícias sobre o evento. 

(Com informações dos sites CNBB e Vatican News)

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