Filme conta a história da santa que se dedicou para salvar mulheres marginalizadas

Na tarde da segunda-feira, 19, aconteceu a sessão de pré-estreia do filme “A Serva”, que conta a história de Santa Vicenta Maria, religiosa espanhola, fundadora da Congregação das Irmãs de Maria Imaculada, que deu a vida na missão de tirar mulheres da rua e dar-lhes dignidade.

O evento aconteceu na sede do Instituto Cervantes, no bairro da Consolação, e contou com a presença de autoridades religiosas, como o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, e representantes diplomáticos, como o cônsul-geral da Espanha em São Paulo, Pablo Montesino-Espartero, além de cônsules de outros países latino-americanos nos quais a congregação religiosa atua.

Dirigido por Pablo Moreno e distribuído no Brasil pela Kolbe Arte Produções, o filme narra a história da religiosa espanhola do século XIX, a partir do relato da personagem Lera, uma jovem empregada doméstica dos tempos atuais que foi presa em Madrid, e, na prisão, conhece duas mulheres que se prostituíam e, curiosas, pedem à jovem que fale sobre a Santa.

Lera conta sobre a infância de Santa Vicenta Maria, de origem em uma família nobre, e que vai morar com os tios na capital espanhola para estudar. Lá, conhece o trabalho do cuidado com as mulheres de rua, já realizado pelos parentes. O filme passa pelo seu crescimento tanto pessoal quanto espiritual, seu discernimento vocacional, até a decisão de fundar a Congregação das Irmãs de Maria Imaculada, para formar e dar uma profissão a essas mulheres.

TESTEMUNHO

Em entrevista para a divulgação do filme, o diretor Pablo Moreno afirmou que não conhecia a história da Santa até ser procurado por uma religiosa brasileira que lhe sugeriu que fizesse um filme sobre a fundadora.

“É uma vida incrível. É incrível o trabalho que ela realizou na obra, sobretudo com as mulheres. A educação, prevenção, ajuda à emancipação, sabe? E tudo o que teve a ver com processos migratórios, ou seja, não apenas os processos migratórios internos ao nível de Espanha, como também as pessoas que viajavam do campo para as cidades para trabalhar como servas (empregadas domésticas) nas casas, mas também os processos migratórios que ocorrem em grande escala entre países”, relatou o diretor.

A atriz Cristina González del Valle foi quem deu vida à Santa Vicenta. Ela destacou que, embora se trate de um filme sobre uma religiosa do século XIX, é uma história universal. “É a história de uma mulher que desafiou a sua vida para ajudar a outras; para dar-lhes uma vida melhor. Uma vida digna. Sou grata ao cinema que nos permite tirar o pó dessas histórias que precisam ser contadas”, destacou.

Durante o evento de lançamento, Dom Odilo Scherer elogiou a iniciativa do filme e ressaltou a importância de tornar conhecida, também por meio do cinema, as boas histórias de pessoas reais que deram testemunho de fé e podem edificar a muitos.

O filme “A Serva” estreia nos cinemas do Brasil no dia 29. Informações sobre os locais de exibição podem ser acessadas em https://kolbearte.com.br.

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