Padre Alfredo Gonçalves lança o livro ‘Retratos da Metrópole’

Editado no fim de 2022, o livro “Retratos da Metrópole”, de autoria do Padre Alfredo José Gonçalves, mais conhecido como Padre Alfredinho, sacerdote da Congregação dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos) tem sido apresentado em diferentes eventos, sendo o mais recente deles na PUC-SP, em 23 de março.

Padre Alfredinho atua como Vigário na Igreja Nossa Senhora da Paz e na Missão Paz, na baixada do Glicério, na capital paulista. É também vice-presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), além de assessorar encontros ligados às Pastorais Sociais, movimentos populares e comunidades eclesiais de base (CEBs). Escreve regularmente no jornal O SÃO PAULO, nas seções de “Opinião” e “Fé e Cidadania”.

Os textos reunidos nesta coletânea são díspares quanto ao tempo, ao espaço e às circunstâncias sociohistóricas que os fizeram vir à luz. Díspares também em seus variados enfoques, visões e intuições. Há neles, porém, um fio condutor que os mantêm relativamente alinhavados; uma espécie de varal onde podem ser pendurados um a um, como peças de roupa a secar, ganhando assim uma certa significação. Não um sentido linear, lógico e preciso, entenda-se, mas uma concepção de mundo cheia de contrastes e contradições, cujas raízes se encontram mergulhadas no contexto urbano dos nossos dias.

Esse varal, esse fio condutor nutre-se da seiva que a metrópole destila para aqueles e aquelas que nela vivem, se movem e se tropeçam cotidianamente. Trata-se do modo ímpar de habitar a cidade: centro, com suas ruas e praças, regiões intermediárias, porões e periferias. A cidade é um organismo vivo que, diariamente e como qualquer outro ser vivente, incorpora nutrientes novos e rejeita resíduos necrosados do tecido social. O seu metabolismo é dinâmico, implacável e contínuo. Em semelhante processo de metamorfose, vivo e permanente, esse gigantesco organismo engole, mastiga e digere coisas, pessoas e relações, recolhendo delas aquilo que a faz rejuvenescer-se e expelindo os rejeitos. A grande cidade respira, transpira e suspira como todo a planta, o animal ou o ser humano.

Fonte: CEBs do Brasil, com base no posfácio o livro.

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