Participantes de ato inter-religioso pedem investigações por mortes na Amazônia

Representantes de diversas religiões cristãs e não cristãs, de povos tradicionais de matrizes africanas e representantes de povos indígenas e de entidades da sociedade civil participaram no sábado, 16, na Catedral da Sé, de um ato inter-religioso em memória ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista britânico Dom Phillips, mortos em junho no Vale do Javari, no Amazonas.

Participantes do ato acompanham a fala da viúva de Dom Phillips, Alessandra Sampaio, que tem ao seu lado a vúva de Bruno Pereira, Beatriz Matos (foto: Luciney Martins/O SÃO PAULO)

O ato foi organizado pela Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz, Comissão Justiça e Paz de São Paulo, Comissão Arns, Instituto Vladimir Herzog e pela OAB-SP.

“Honrar a memória desses defensores de direitos humanos exige dar continuidade à sua bem-aventurada missão. Assim, devemos relatar e denunciar a violência que se impõem sobre esses povos, exigir que sejam tomadas as providências devidas para a sua proteção, e transformar todas as crenças e estruturas que dão espaço para a violência”, consta em um trecho do manifesto lido durante o ato.

Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes (SP) e Presidente do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lembrou ser aquele um momento de oração pela paz, justiça e democracia.

Alessandra Sampaio e Beatriz Matos, respectivamente, viúvas de Dom Phillips e de Bruno, também participaram. Alessandra destacou que para honrar a vida dos dois é preciso que a sociedade continue a cooperar com as comunidade indígenas. Já Beatriz pediu que as investigações continuem, a fim de que se descubra quem foram os mandantes dos assassinatos. Ela também ressaltou que é preciso garantir os direitos e os territórios dos povos indígenas.

(com informações da CNBB)

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