Todos juntos no combate ao Aedes Aegypti

Reprodução da Internet

O Brasil já acumula mais de 500 mil casos prováveis de dengue neste ano, com, ao menos, 94 mortes confirmadas e mais de 380 sob investigação de ter alguma relação com essa doença.

Muitos estados e municípios já decretaram situação de EMERGÊNCIA e a tendência é de PIORA DA SITUAÇÃO, pois em anos anteriores o pico do número de casos de dengue ocorreu próximo ao mês abril. 

A PROLIFERAÇÃO DO MOSQUISTO

A dengue é uma doença viral transmitida aos humanos pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegyti, o mesmo que transmite o zika vírus, a chikungunya e a febre amarela. Existem quatro sorotipos do vírus da dengue, todos em circulação neste momento no Brasil, o que ajuda a explicar o alto número de casos. Isso significa que você pode ter dengue por 4 vezes.

A melhor estratégia para combater o mosquito é ELIMINAR OS POSSÍVEIS CRIADOROS, ou seja, qualquer lugar ou recipiente QUE POSSA ACUMULAR ÁGUA, LIMPA OU NÃO, pois é neles que a fêmea deposita seus ovos, que depois se transformaram em larvas e, por fim, em mosquitos.

NÃO DEIXE ÁGUA PARADA

Portanto, é FUNDAMENTAL que em cada casa e em espaços comunitários – como as igrejas – haja ATENÇÃO PERMANENTE E LIMPEZA DE AMBIENTES/RECEPIENTES QUE ACUMULAM ÁGUA

  • Ralos
  • Calhas e canaletas do telhado
  • Pratinhos de vasos de plantas
  • Caixas d’água descoberta ou com tampa quebrada
  • Vasos sanitários à parte da alvenaria principal da casa
  • Piscinas ou fontes ornamentais
  • Lajes sem cobertura
  • Quintais ou outros cômodos com materiais descartados ou entulhos, como latas, garrafas PET, pneus e tampinhas
  • Recipientes para alimentação ou hidratação de animais domésticos

FIQUE DE OLHO NO ENTORNO

Porém, não basta estar atento à própria casa, local de trabalho e outro ambiente que frequente sempre, mas também em locais e situações que possam acumular água, como terrenos abandonados, pontos viciados de descarte de lixo e buracos de média e grandes dimensões em ruas e praças.

Na cidade de São Paulo, é possível DENUNCIAR A EXISTÊNCIA DE CRIADOUROS pelo serviço 156:

Número: 156
WhatsApp: (11) 3230-5156
Site: https://sp156.prefeitura.sp.gov.br
*Busque a opção “Animais” e depois a aba “Pernilongo/Mosquito – Solicitar vistoria em local infestado”.

ESTRATÉGIAS COMPLEMENTARES

  • Vista-se com calças e camisas de mangas compridas em locais onde há alta incidência de casos da doença
  • Use repelente à base de DEET, IR3535 ou icaridina nas partes expostas do corpo
  • Utilize mosqueteiros sobre a cama; e telas em portas e janelas

AOS PRIMEIROS SINTOMAS, VÁ A UMA UBS

O sintoma mais característico da dengue é a FEBRE ALTA (Acima de 38OC), que se inicia repentinamente e dura de 2 a 7 dias. 

Além dela, a pessoa pode também sentir:

  • Dor de cabeça
  • Dores no corpo e articulações
  • Mal-estar (fraqueza, moleza, náuseas)
  • Falta de apetite
  • Dor atrás dos olhos
  • Manchas avermelhadas na pele
  • Diarréia
  • Sangramentos

NÃO SE AUTOMEDIQUE

Diante dos sintomas da dengue, muitas pessoas a confundem com outras doenças, como a Influenza ou a COVID-19. SOMENTE O MÉDICO PODERÁ DAR O DIAGNÓSTICO CORRETO e indicar o devido tratamento.

NÃO TOME MEDICAMENTO ALGUM POR CONTA PRÓPRIA.

Alguns deles, como os corticoides e os anti-inflamatórios (exemplo: AAS, Ibuprofeno, nimesulida e diclofenaco) diminuem a capacidade de coagulação do sangue e podem fazer com que alguém infectado com o vírus da dengue evolua para o quadro mais grave: a DENGUE HEMORRÁGICA.

MAS JÁ NÃO EXISTE VACINA?

SIM, MAS NÃO EM QUANTIDADE PARA TODOS!

Até o final de 2024, chegarão ao Brasil 6,5 milhões de doses da vacina Qdenga. E como ela é aplicada em duas doses, apenas cerca de 3 milhões de brasileiros serão imunizados. São consideradas imunizadas as pessoas que receberem as 2 doses com intervalo de 3 meses.  Também é importante lembrar que durante esse surto o mais importante é acabar com os locais de proliferação do mosquito.

Neste mês, o Ministério da Saúde enviou 712 mil doses para 315 municípios de dez estados. A cidade de São Paulo não está entre as contempladas neste primeiro momento. 

Serão vacinados inicialmente crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em razão desta faixa etária concentraro maior número de hospitalizações por dengue (foram 16,4 mil entre janeiro de 2019 e novembro de 2023).

Há outra vacina sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, mas ainda em fase de testes, ou seja, tão cedo não estará disponível para a população. 

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