Um alerta à Câmara Federal:  a legalização do aborto é uma bandeira da cultura de morte

Em sessão solene no Parlamento brasileiro pelo Dia do Nascituro, foi lido um texto do secretário-geral da CNBB acerca dos riscos do aborto

Foto: Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados realizou, na segunda-feira, 9, uma sessão solene em seu plenário em homenagem ao Dia Nacional do Nascituro, celebrado em 8 de outubro. A sessão foi requerida pelos deputados federais Chris Tonietto e Nicolas Ferreira.

A sessão solene começou ao som do hino nacional, seguida de leitura do discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira. O Coro Litúrgico Infantil da Arquidiocese de Brasília (DF), formado por crianças de 3 a 14 anos, cantou as músicas “Ave Maria” e “Magnificat”.

Participaram como expositores da sessão, a representante do Centro de Reestruturação para a Vida (Cervi), Rose Santiago;  a juiza titular da 7ª vara civil de Goiânia (GO), Liliana Bittencourt;  a representante da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE), Edna Vasconcello; e o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias Duarte.

O Assessor Eclesiástico do Setor Vida e Família da Arquidiocese de Brasília, Padre João Batista, representou o Bispo Auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, lendo o texto por ele escrito para a ocasião.

BRASILEIROS A FAVOR DA VIDA

No texto, Dom Ricardo reforçou que em todo o País, no Dia do Nascituro, foram registradas manifestações em defesa da vida organizadas pelas comunidades católicas como ponto alto da Semana da Vida, promovida pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB.

Dom Ricardo saudou todos os parlamentares que se tornaram aliados do direito à vida e enalteceu a iniciativa da Câmara dos Deputados em promover uma sessão solene pela vida do nascituro que definiu como “dom maior e direito inegociável o qual devemos salvaguardar com todas as forças”.

O Secretário-geral da CNBB ressaltou que, para o povo brasileiro, a vida é sagrada e tem uma dignidade que não pode ser desrespeitada porque trata-se de crianças inocentes e do futuro do país.

DIREITO A NASCER

Em seu texto, o Prelado ressaltou que a CNBB volta seu olhar e esperança para os legisladores brasileiros, eleitos democraticamente como representantes da nação, em razão da ausência de políticas públicas que cuidam das mães gestantes e das crianças e das constantes ameaças jurídicas contra a vida nascente. “Que se tornem defensores da geração de crianças que precisam ser salvaguardadas no seu direito de nascer”, reforçou.

“Uma geração inteira poderá dizer no futuro que graças à firmeza de caráter e uma ação justa e reta dos atuais parlamentares conseguiu sobreviver aos ataques da cultura da morte contra a sua vida nascente. A legalização do aborto é um ideal e uma bandeira da cultura da morte”, lamentou Dom Ricardo.

O Bispo afirmou ainda tratar-se de um grave equívoco pretender resolver problemas, como o das precárias condições sanitárias, por meio da descriminalização do aborto. “Urge combater as causas do aborto por meio da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil”, disse.

Em sua mensagem, o secretário-geral afirmou que espera-se do Estado maior investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças. “É preciso assegurar às mulheres pobres o direito de ter seus filhos. Ao invés de aborto, o setor público deve garantir o direito ao parto seguro e a saúde das mães e de seus filhos. O direito à vida é o mais fundamental dos direitos e, por isto, mais do que qualquer outro deve ser protegido. O direito à vida é intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado”, reforçou.

Dom Ricardo afirma ainda que os poderes da República têm a obrigação de garantir e defender o direito à vida, um direito intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado e pediu que o projeto de Lei 478 de 2007, o Estatuto do Nascituro, em tramitação no Congresso Nacional desde 2007, seja urgentemente apreciado, aprovado e aplicado.

Fonte: CNBB

guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários