“Extra ecclesia nula salus” (“Fora da Igreja não há salvação”). Essa afirmação repetida por inúmeros padres da Igreja, muitas vezes, é adotada para enfatizar a separação ao invés da unidade da Igreja. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) dedica três parágrafos (846 a 848) para explicar essa expressão, destacando que ela é formulada de maneira positiva, significando que “toda a salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é o seu corpo”. O texto cita, ainda, a constituição dogmática Lumen gentium, do Concílio Vaticano II, para explicar que a “Igreja peregrina na terra, é necessária à salvação”, e que Cristo, “único mediador e caminho da salvação”, confirmou a necessidade desta, “na qual os homens entram pelo Batismo”.
Ao mesmo tempo, o Catecismo ressalta que tal afirmação não é destinada àqueles que, “sem culpa, desconhecem Cristo e sua Igreja” e não para se dirigir àqueles que pertencem a outra tradição religiosa ou a cristãos que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica.
Ao citar o decreto conciliar Ad Gentes, o Catecismo salienta que aqueles que “sem culpa ignoram o Evangelho de Cristo e sua Igreja, mas buscam a Deus com o coração sincero e tentam, sob o influxo da graça, cumprir por obras a sua vontade conhecida por meio do ditame da consciência, podem conseguir a salvação eterna”. Por outro lado, o documento enfatiza que, mesmo assim, “cabe à Igreja o dever e também o direito sagrado de evangelizar todos os homens”.
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Unidade
Portanto, tal frase se destina àqueles que, conhecendo a fé no Cristo por meio da Igreja, renegam-na, seja pela apostasia, seja pela heresia. Essa afirmação foi feita pela primeira vez no século III, pelo Bispo Cipriano de Cartago, em seu tratado sobre a unidade da Igreja, em uma época em que os cristãos se debruçavam sobre a chamada polêmica dos lapsi (“lapsos” ou “caídos”). Eram assim chamados aqueles que rompiam com a fé por causa da perseguição e, diante de ameaças do Império, não apenas renunciavam à fé cristã como delatavam seus irmãos de comunidade.
Havia uma doutrina que consentia aos bispos reconciliar os apóstatas arrependidos após adequada penitência. Porém, não existia um consenso para o caso específico dos lapsi. Essa polêmica teve como consequência dois Cismas: de um lado, o dos laxistas, que defendiam a readmissão dos apóstatas indistintamente, sem um caminho penitencial; do outro, os rigoristas, que consideravam que os lapsi não deveriam ser readmitidos de forma alguma.
Cipriano, então, exorta os fiéis a não abandonarem o único rebanho de Cristo para seguir aqueles que deste se separaram, criando comunidades próprias, e afirma ser neste único rebanho, a Igreja, que está a vida do Espírito e sua unidade, fundada no Cristo e expressa na comunhão dos e com os apóstolos, sendo os bispos os que zelam por essa unidade. “Como ninguém pode se salvar fora da arca de Noé, assim ninguém se salva fora da Igreja”, escreve o Bispo de Cartago, ressaltando que a única forma de aqueles que renegaram a fé serem salvos é sendo acolhidos novamente na Igreja que os gerou para Cristo.
Eu desejaria saber, existe uma dúvida em mim:
Onde está escrito, O que a afirmação:
Fora da Igreja não há salvação.
Pergunto?:
Fora da Igreja como está escrito, quer dizer fora da Igreja Católica ???
Sim, fora da Igreja Católica, a Igreja católica faz parte do corpo místico de Cristo, santos, anjos e todos nós.
Alguém de outra denominação pode se salvar também? Sim, se tiver sido batizado e crer em Cristo e por ignorância não reconhecer a Igreja Católica como a Igreja de Cristo, pode sim se salvar também, então se ele for salvo continuará fazendo parte do corpo místico de Cristo, onde também esta a Igreja de Cristo, mesmo que hoje não tenha consciência disso, vai ser salvo automaticamente dentro da igreja católica, por isso que a Igreja diz só há salvação dentro da igreja católica.